Sobre Realengo em Pauta

Um Jornal totalmente dedicado ao bairro de Realengo. Informando e dando espaço em suas paginas, para que seus moradores expressem suas opniões, encaminhem sugestões e abre espaço para que comerciantes e empresários divulguem seus produtos ou serviços e com isso alavancar o progresso do bairro, gerando emprego aos seus moradores e melhoria de renda.

SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DEIXA COLEGIO SOUZA LIMA ABANDONADO

Colégio Souza Lima rua Gen.Sezefredo fotos Marcelo Queiroz

Abandono material e descaso financeiro.

Imóvel em Realengo  que foi durante décadas funcionou o Colégio Souza Lima,  foi desapropriado pelo poder publico foi declarado de utilidade publica em 31 de março de 2022. Desde de então a Secretaria Estadual de Educação deixou o imóvel abandonado. Nos últimos meses o imóvel vem sofrendo a ação de vândalos que furtam tudo que é possível no imóvel. Da calçada do imóvel na rua General Sezefredo 646  é possível ver que todas as janelas foram furtadas e o prédio de utilidade publica vem sendo depredado, já que a Secretaria Estadual de Educação que desapropriou o imóvel pela quantia de R$ 4.741.580,00 (incluindo outros imoveis) não colocou a devida segurança para resguardar o investimento feito com dinheiro publico.

Cerca de Concertina danificada por vândalos fotos Marcelo Queiroz

 

s moradores do bairro estão assustados e quem passa pela rua consegue ver que a concertina foi danificada para facilitar o acessos dos meliantes que agem com o cair da noite e não são incomodados na ação de destruir o Patrimônio Publico que se tornou o imóvel. Como é um bem do Estado a Secretaria Estadual de Educação poderia acionar o Batalhão da região solicitando apoio par evitar a depreciação do imóvel comprado com o bem publico. Com a palavra o Governador Claudio Castro e sua  secretaria de Educação Roberta Barreto.

 

 

Janelas do prédio do Colégio foram furtadas. Fotos Marcelo de Queiroz

destaque do RGI

Reprodução da Desapropriação. Foto RealaengoEmPauta

 

 

Reprodução da Desapropriação. Foto RealaengoEmPauta

Esse Lixo é Meu?

Esse lixo é meu?


O rio, onde ontem havia peixes, hoje pescamos sofás, geladeiras, garrafas pet e tudo mais que se possa imaginar.
O que podemos fazer? Só olhar e lamentar? Qual exemplo estamos dando aos jovens…
Podemos reverter essa prática? Acredito que sim, somos otimistas, sempre temos esperança.

arte sobre fotos da prefeitura

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Hoje os velhos de cabeça branca estão lutando contra um abandono de anos, contra o descaso de políticas públicas “não públicas”…

Nós cansamos, arregaçamos as mangas e uma luz no fim do túnel se acendeu, mas a educação ambiental precisa ser feita já!

 

Não pode o poder público limpar, fazer obras e o povo emporcalhar diariamente….

Lixo é no lixo e não no rio ou na calçada.

rio Catarino sob a linha férrea em Realengo. fotos Prefeitura RJ


Temos que este hábito mudar. O lixo descartado indevidamente volta em

forma de enchentes.
Destrói o patrimônio da gente, por causa de um povo inconsequente que paga para jogarem entulho e tudo que não usam nos rios da gente.
Que na escola nossas crianças aprendam que existe um planeta a salvar. Começamos não jogando lixo nos rios nem poluindo os mares. Que cresçam alertando os adultos a um novo hábito salutar, lixo no lixo e um planeta podemos salvar.

camapanha Prefeitura RJ

obs: Ver seres humanos dentro de um rio/lixão e sujeitos a contraírem doenças variadas, nos revolta imensamente.
Colabore fazendo sua parte.


Texto de Luiz Fortes e Marcelo Queiroz
Respectivamente responsáveis pelas mídias, Blog_Pro-Realengo e Jornal Realengo em Pauta 

____________________

Em apoio as demandas do Movimento Popular SOS REALENGO URGENTE

Erika Carvalho, moradora de Realengo é a Musa da Unidos de Bangu.

foto: Lucas Franklin

Erika Carvalho, moradora de Realengo é a Musa da Unidos de Bangu.

A nutricionista Erika Carvalho, moradora do nosso bairro, fez sua estreia como Musa da nidos de Bangu no ensaio técnico na Marquês de Sapucaí em 2023, Erika que já foi passista da agremiação recebeu aplausos e elogios com seu charme e samba pé na tradicional passarela do samba!


 

Sua trajetória.
Cheguei em Realengo aos 8 anos, morei na comunidade Light no Jardim Novo, agora moro na Rua Carumbé, fiz parte de projetos sociais, um deles foi da coreógrafa Vânia Reis, de ballet e jazz.

foto: Lucas Franklin


Eu estudei no CIEP Frei Veloso na Capitão Teixeira, também no Colégio Agostinho Cunha, como meia bolsa,
Me formei em Nutrição que amo de paixão.


Samba no pé.


foto: Léo Cordeiro
No mês de Janeiro rolou na Sapucaí o ensaio técnico da Série Ouro, a nossa Unidos de Bangu foi a segunda escola se apresentar promovendo a estreia da nutricionista Erika Carvalho como musa da agremiação, que demonstra a responsabilidade e sabedoria das mulheres do samba. Com seu charme e beleza encantou o público com seu samba.

“Tenho orgulho de representar minha Zona Oeste na avenida, fui passista da Bangu e hoje sou musa. E acredito que fato de uma mulher poder sambar não menospreza sua inteligência, força e sabedoria. Espero poder ser inspiração para milhares meninas negras, periféricas que sonham um dia ter sua profissão, mas que amam se divertir em suas raízes, seja o samba, funk ou charme”.

Assista ao vídeo

 

 

Erika diz que foi a primeira graduada de sua família:

Sempre curti essa vibe de cozinhar desde criança, ao terminar o ensino médio, cursei Gastronomia pelo Senac.
Em 2013 comecei graduação de Nutrição e os diversos cursos pela Faetec, Fiocruz e outros. A única coisa que eu sei dizer é que a cozinha é o meu melhor ambiente, lá eu esqueço meus medos, traumas e tudo que me aflige.


Seu insta.
https://instagram.com/_nutrierikacarvalho?igshid=OGQ2MjdiOTE=


matéria em conjunto com as midias .
Blog Pró-Realengo e Jornal Realengo em Pauta

Desocupações para construção do Parque Realengo Verde.

O dia 06 de dezembro ficará marcado para as pessoas da comunidade Santo Antônio, popularmente conhecido como Ideal em Realengo. Bem cedo guarnições da Guarda Municipal e equipes da SEOP chegaram com maquinas para derrubar as lojas comercias na Rua General Raposo. A ação tem como finalidade as obras do futuro Parque Verde de Realengo. Todos foram tomados de surpresa, pois apesar do aviso no dia 28 de Novembro, de uma desocupação imediata, os comerciantes tiveram no local a presença do vereador Dr. Gilberto. O vereador fez ligações e garantiu que a desocupação só aconteceria em Janeiro, após as festas natalinas. Apesar das construções estarem irregulares a muito tempo, o poder publico poderia ter a sensibilidade de dar um prazo de 30 dias para que os comerciantes pudessem deixar o loca com dignidade.

Mais ainda, numa ação mais social fazer o cadastramento para que os mesmo pudessem ser alocados dentro do projeto do parque verde, que inclui um comercio externo próximo da área que foi desocupada. Neste momento de crise a prefeitura poderia atuar com mais solidariedade com esses comerciantes. Alias a falta de comunicação com a população de Realengo vem sendo a marca da Prefeitura de Eduardo Paes com bairro. Lembramos sempre que a luta pelo Parque Realengo Verde vem de décadas e o anseio da população é por um projeto que traga benefícios para a população do bairro. Conversamos com um membro da comissão dos comerciantes que nos contou seu drama.

Realengo em Pauta: Estamos aqui com um morador do Ideal, falando em nome da comissão sobre a situação da demolição dos prédios aqui feita pela prefeitura do Rio, no entorno do futuro Parque de Realengo.

Morador: Então o que aconteceu recebemos a notificação no dia 28 de novembro, para a demolição imediata, mas acontece que houve uma conversa entre as partes entre vereador, advogado e chegou até o nosso ouvido, mas não foi nada oficial, nada por escrito formalmente que a demolição só iria acontecer em janeiro, ai seguramos mais um pouco ai muitos comerciantes saíram desesperados eu não segurei um pouco mais, trabalhei mais uma semana, quando é o dia de hoje a prefeitura veio demolindo tudo derrubando senhor o tudo não dando nenhuma explicação pra gente, não deu uma satisfação não saímos com dignidade, eu sou a favor do parque de Realengo, vai trazer muito benefício pra comunidade, pra área em torno em geral até porque esta Rua Pedro Gomes onde está localizado o parque e nosso comercio é uma rua que

enche, tem muita enchente nesta rua, então vai ser beneficiada a comunidade esta rua, por que vai passar umas galerias onde não vai haver mais estas enchentes. Mas em contra partida é que estamos no início de dezembro, muitas famílias vão ficar sem amparo nenhum, pais de família desempregado, eu como comerciante também vou ficar sem ter como ganhar meu pão e sustentar minha família, não sei se vai ter natal ou ano novo na minha casa na casa de todo mundo que está sendo retirado também tenho certeza que não vai ser um bom natal e um bom ano novo. Isso ai a gente agradece ao senhor Eduardo Paes, graças a Deus que não deu nenhuma satisfação pra gente entendeu, deixou a gente a ver navio, não sei se ele sabe da nossa existência, sabia que tinha uma comunidade no entorno, mas procurou saber se tinha um comercio no entorno? Se tinham pessoas que trabalham e necessitam deste trabalho para levar o sustento para casa não sei se isso chegou ao ouvido do Senhor Eduardo Paes, entendeu eu fico muito triste, já não sei nem mais o que vou fazer da minha vida, vou ter de parar, pensar.

Realengo em Pauta: Não houve nenhum contato da prefeitura, pra garantir a inscrição de vocês num futuro espaço no Parque?

Morador: O único contato que eu tenho é uma notificação para saída imediata, nenhum pingo de respeito, nenhum tipo de consideração pelo povo que trabalha e tem seu comercio.

Realengo em Pauta: Obrigado por sua declaração.

Matéria em conjunto com o Blog Pró-Realengo e o Jornal Realengo em Pauta

Thamyris escritora de Realengo e seu novo livro.

Mais um livro de uma Realenguense sai da prensa. 
Quem é Tamyris Torres?
 

Sou nascida e criada em Realengo. Vim morar em Bangu em 2022. 

Estudei até a oitava série no Colégio Agostinho Cunha, no segundo grau fui estudar no Colégio Realengo. Fiz a minha faculdade de Jornalismo na Universidade Castelo Branco. Tenho 35 anos, sou casada. Jornalista, escritora, psicanalista e mestranda em Comunicação Organizacional. 
 
SOBRE O LIVRO O DESTINO de IRENE.
Drama familiar e uma mulher em fuga da própria vida

Prestes a ser lançado, em 28 de novembro, “O Destino de Irene” conta a história de uma mulher angustiada que desenvolve anorexia e bulimia ao passar por frustrações e traumas de infância

Um relacionamento entre pais e filha atravessado por questões sociais como o tabu da gravidez antes do casamento, na década de 1980, e a obrigatoriedade de realizar uma faculdade que não era desejada. Assim começa a trama de Irene, uma menina de 14 anos que reconhece não poder escolher o seu futuro acadêmico, pois Medicina é o curso que está no sangue e nos negócios da família.
O romance é enriquecido com dados e informações históricas como a criação do SUS – Sistema Único de Saúde, a entrada de planos de saúde no Brasil, referências de mitos

capa do livro reprodução

gregos e nórdicos, além de trazer para a pauta, a discussão sobre a democratização da Psicanálise para periféricos e pobres.
São capítulos que relatam a vida do personagem principal, até que se torna adulta e seus familiares, como Ícaro, seu pai, Valquíria, sua mãe, Caio e Camila, seus irmãos. O livro também traz a figura do analista Miguel e a sua filha Talita, pessoas chaves que estarão presentes na vida de Irene por anos.
Em “O Destino de Irene”, a autora também oferece aos leitores ideias sobre anorexia e bulimia, além de discorrer sobre depressão e automutilação na adolescência. A então médica Irene passa a desejar aquilo que nunca pode ter: ser uma artista. Se dependesse dela, teria escolhido Belas Artes e se tornaria uma pintora. No entanto, por algum motivo, o seu pai Ícaro sempre passava mal com alergias severas quando esse assunto entrava em discussão, durante a trama. Mais um tabu que envolve este romance.
Esse novo livro, proporciona, aos adultos, uma viagem no tempo, trazendo décadas – de 1970 aos anos 2000 – e as suas peculiaridades, tais como as músicas, moda, cultura e lazer. Vale ressaltar que a autora Tamyris Torres, tem a sensibilidade de conversar com o leitor sobre assuntos importantes e sérios como a compulsão alimentar, o corpo de meninas e mulheres enquanto capital, arraigado nos padrões mercadológicos e publicitários e mostra como as mulheres podem ficar confusas e tomar decisões impensadas em nome da beleza. É um drama familiar que ajuda a pensar sobre sociedade, política e feminismo.

 

 

“Naquela manhã, Irene estava em um transe especial, lembrando de diversas situações da sua vida, não conseguia

 subir as escadas para chamar a sua amiga, em seu quarto. Parou no meio do caminho e se pôs a pensar como era parecida com um pássaro em sua gaiola, sentia-se presa, mas segura, já que não sabia como era a sensação de voar.

Se ela pudesse escolher ser um animal, votaria em uma avestruz. Com asas, mas que por seu peso jamais conseguiria sair do chão. Mas, tudo bem… Já que ela não saberia se virar com esse “poder” lá fora, longe do seu ninho. E mesmo não passando de lenda, ela poderia enfiar a cabeça na terra ocasionalmente, assim como dizem que esses animais costumam fazer.” (O Destino de Irene, p. 29).

FICHA TÉCNICA LIVRO FÍSICO
Título: O Destino de Irene
Autora: Tamyris Torres
Editora: Sarvier
Categoria: drama/ romance
ISBN: 978-65-5686-035-0
Páginas: 150
Data de Lançamento: dezembro de 2022
FICHA TÉCNICA E-BOOK
Título: O Destino de Irene
Autora: Tamyris Torres
Categoria: drama/ romance
ISBN: 978-65-00-56655-0
Páginas: 150
Data de Lançamento: 28 novembro de 2022
Link para download: http://www.amzn.com/B0BMT19VZR
Sobre a autora:
Tamyris Torres é romancista e contista, além de ser jornalista e psicanalista. Começou a sua carreira profissional em redações como Globoesporte.com, O Diário Lance! e UOL. Foi gerente de Comunicação e Marketing das academias de futebol do Ronaldinho Gaúcho e das academias de artes marciais Team Nogueira, dos irmãos Minotauro e Minotouro. Atuou como assessora de imprensa do Instituto Irmãos Nogueira e Universidade Castelo Branco. “O Destino de Irene” marca a carreira literária da autora, misturando as suas áreas de atuação, principalmente as leituras freudianas e lacanianas que, ao longo do livro, colaboraram para a criação de personagens humanizados, com conflitos e angústias a serem resolvidas, também traz a figura de uma analista e enriquece a trama com assuntos como a transferência e a resistência em sessões de análise.
Redes sociais da autora:
Facebook:Escritora Tamyris Torres

QUEREMOS O PARQUE REALENGO 100% VERDE SR. PREFEITO

O desejo da população de REALENGO é que a totalidade da Área da antiga fabrica de Cartuchos seja destinado ao Parque Verde de Realengo. Essa vistosa área verde tem um projeto de excelente qualidade para a população da Zona Oeste e não aceitamos nada pela metade.

A luta de décadas da população de Realengo através do movimento Parque Realengo Verde é pela preservação desta área verde e evitar que prédios de concreto sejam construídos neste local. Qual a intenção da preservação desta área para o benefícios para toda a população de Realengo e bairros vizinhos e não apenas para lucros de uma caixa habitacional.

Esta área pode ser habitada pelo projeto maior que consiste:

  • Preservação de vasta área verde
  • Recuperação da Fonte
  • Recuperação de campos de futebol
  • Ciclovia interna
  • Pista de skate
  • Pista de caminhada
  • Academia da maior idade
  • Parquinho
  • Revegetação
  • Museu da Fabrica
  • Centro Cultural
  • Projetos sustentáveis
  • Espaço Cultural
  • Biblioteca
  • Conservatório de Musica
  • Sala de oficinas
  • Centro administrativos
  • Ampliação do IFRJ
  • Campus Universitário da UNIRIO
  • Instituto do Coração
  • Instituto Benjamin Constant

Secretaria Municipal de Cidadania leva atendimento Itinerante a Realengo nesta sexta-feira (15/07)

A Secretaria Municipal de Cidadania  leva o programa  Cidadania Itinerante ao bairro de Realengo, nesta sexta-feira (15/07).  A equipe estará na Rua Jaime de Carvalho, 240, no Ouro Negro, em Realengo, com vários serviços disponíveis para o cidadão, das 10h às 15 h.

Entre os serviços disponibilizados, a Fundação Leão XII, viabilizará a solicitação de segunda via de documentos, como certidão de nascimento, casamento e certidão de óbito. Haverá ainda assessoria jurídica e equipe da Light estará a postos para atendimento ao consumidor.

A equipe do Procon Carioca também estará presente à ação. Os consumidores interessados em registrar reclamações  a respeito de qualquer empresa  ou esclarecer dúvidas sobre seus direitos devem levar cópia dos documentos pessoais, além dos comprovantes de compra do produto ou do serviço contratado, como boletos e notas fiscais.

 “O serviço itinerante Procon nos Bairros visa dar celeridade às ações para resolver o mais rapidamente às demandas do consumidores”, afirma Igor Costa, Diretor Executivo do Procon Carioca.

As queixas serão encaminhadas diretamente às empresas, que terão um prazo de dez dias para solucionar as questões.

“O objetivo de ações dessa natureza é ampliar ao máximo o acesso do cidadão aos serviços disponibilizados pela Prefeitura”, informa Renato Moura, secretário municipal de Cidadania.

O atendimento no programa  “Cidadania Itinerante”  está condicionado à distribuição de senhas.

Foto: Prefeitura do Rio

LANÇAMENTO DA AGENDA REALENGO 2030 NO IFRJ

 

 

 

Alô, alô Realengo!
Ao contrário dos versos da música de Gil que nos dizem que “o Rio de Janeiro continua
lindo”, o morador de Realengo sabe dos diversos problemas que enfrentamos todos os dias. Este
pequeno documento que você recebe hoje é uma tentativa de fazer com que a nossa vivência, no
bairro que tanto amamos, possa ser feita com mais acolhimento e menos descaso. Então, para
todo mundo que vai continuar com a gente e ler a agenda até o final, já agradecemos e dizemos:
“Aquele abraço!”

Enquanto Rio privatiza, por que Paris, Berlim e outras 265 cidades reestatizaram saneamento?

Serviços inflacionados, ineficientes e com investimentos insuficientes são motivos para a reestatização

Enquanto iniciativas para privatizar sistemas de saneamento avançam no Brasil, um estudo indica que esforços para fazer exatamente o inverso – devolver a gestão do tratamento e fornecimento de água às mãos públicas – continua a ser uma tendência global crescente.

De acordo com um mapeamento feito por onze organizações majoritariamente europeias, da virada do milênio para cá foram registrados 267 casos de “remunicipalização”, ou reestatização, de sistemas de água e esgoto. No ano 2000, de acordo com o estudo, só se conheciam três casos.

Satoko Kishimoto, uma das autoras da pesquisa publicada nesta sexta-feira, afirma que a reversão vem sendo impulsionada por um leque de problemas reincidentes, entre eles serviços inflacionados, ineficientes e com investimentos insuficientes. Ela é coordenadora para políticas públicas alternativas no Instituto Transnacional (TNI), centro de pesquisas com sede na Holanda.

“”Em geral, observamos que as cidades estão voltando atrás porque constatam que as privatizações ou parcerias público-privadas (PPPs) acarretam tarifas muito altas, não cumprem promessas feitas inicialmente e operam com falta de transparência, entre uma série de problemas que vimos caso a caso”, explica Satoko à BBC Brasil.

O estudo detalha experiências de cidades que recorreram a privatizações de seus sistemas de água e saneamento nas últimas décadas, mas decidiram voltar atrás – uma longa lista que inclui lugares como Berlim, Paris, Budapeste, Bamako (Mali), Buenos Aires, Maputo (Moçambique) e La Paz.

Sakoto Kishimoto, coordenadora para políticas públicas alternativas no Instituto Transnacional (TNI)

Privatizações a caminho

A tendência, vista com força sobretudo na Europa, vai no caminho contrário ao movimento que vem sendo feito no Brasil para promover a concessão de sistemas de esgoto para a iniciativa privada.

O BNDES vem incentivando a atuação do setor privado na área de saneamento, e, no fim do ano passado, lançou um edital visando a privatização de empresas estatais, a concessão de serviços ou a criação de parcerias público-privadas.

À época, o banco anunciou que 18 Estados haviam decidido aderir ao programa de concessão de companhias de água e esgoto – do Acre a Santa Catarina.

O Rio de Janeiro foi o primeiro se posicionar pela privatização. A venda da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae) é uma das condições impostas pelo governo federal para o pacote de socorro à crise financeira do Estado.

A privatização da Cedae foi aprovada em fevereiro deste ano pela Alerj, gerando polêmica e protestos no Estado. De acordo com a lei aprovada, o Rio tem um ano para definir como será feita a privatização. Semana passada, o governador Luiz Fernando Pezão assinou um acordo com o BNDES para realizar estudos de modelagem.

Da água à coleta de lixo, 835 casos de reestatização

Satoko e sua equipe começaram a mapear as ocorrências em 2007, o que levou à criação de um “mapa das remunicipalizações” em parceria com o Observatório Corporativo Europeu.

site monitora casos de remunicipalização – que podem ocorrer de maneiras variadas, desde privatizações desfeitas com o poder público comprando o controle que detinha “de volta”, a interrupção do contrato de concessão ou o resgate da gestão pública após o fim de um período de concessão.

A análise das informações coletadas ao longo dos anos deu margem ao estudo. De acordo com a primeira edição, entre 2000 e 2015 foram identificados 235 casos de remunicipalização de sistemas de água, abrangendo 37 países e afetando mais de 100 milhões de pessoas.

Nos últimos dois anos, foram listados 32 casos a mais na área hídrica, mas o estudo foi expandido para observar a tendência de reestatização em outras áreas – fornecimento de energia elétrica, coleta de lixo, transporte, educação, saúde e serviços sociais, somando um total de sete áreas diferentes.

Em todas esses setores, foram identificados 835 casos de remunicipalização entre o ano de 2000 e janeiro de 2017 – em cidades grandes e capitais, em áreas rurais ou grandes centros urbanos. A grande maioria dos casos ocorreu de 2009 para cá, 693 ao todo – indicando um incremento na tendência.

O resgate ou a criação de novos sistemas geridos por municípios na área de energia liderou a lista, com 311 casos – 90% deles na Alemanha.

A retomada da gestão pública da água ficou em segundo lugar. Dos 267 casos, 106 – a grande maioria – foram observados na França, país que foi pioneiro nas privatizações no setor e é sede das multinacionais Suez e Veolia, líderes globais na área.

ETA GuanduDireito de imagemCOSME AQUINO
Image captionEstação de Tratamento de Água (ETA) Guandu, em Nova Iguaçu (RJ)

Fácil fazer, difícil voltar atrás

De acordo com o estudo, cerca de 90% dos sistemas de água mundiais ainda são de gestão pública. As privatizações no setor começaram a ser realizadas nos anos 1990 e seguem como uma forte tendência, em muitos casos impulsionadas por cenários de austeridade e crises fiscais.

Satoko diz ser uma “missão impossível” chegar a números absolutos para comparar as remunicipalizações, de um lado, e as privatizações, de outro. Estas podem ocorrer em moldes muito diferentes, seja por meio de concessões de serviços públicos por determinados períodos, privatizações parciais ou venda definitiva dos ativos do Estado.

Entretanto, ela frisa a importância de se conhecer os riscos que uma privatização do fornecimento de água pode trazer e as dificuldades de se reverter o processo.

“Autoridades que tomam essa decisão precisam saber que um número significativo de cidades e estados tiveram razões fortes para retornar ao sistema público”, aponta Satoko.

“Se você for por esse caminho, precisa de uma análise técnica e financeira muito cuidadosa e de um debate profundo antes de tomar a decisão. Porque o caminho de volta é muito mais difícil e oneroso”, alerta, ressaltando que, nos muitos casos que o modelo fracassou, é a população que paga o preço.

Como exemplo ela cita Apple Valley, cidade de 70 mil habitantes na Califórnia. Desde 2014, a prefeitura vem tentando se reapropriar do sistema de fornecimento e tratamento de água por causa do aumento de preços praticado pela concessionária (Apple Valley Ranchos, a AVR), que aumentou as tarifas em 65% entre 2002 e 2015.

Litígios dispendiosos

A maioria da população declarou apoio à remunicipalização, mas a companhia de água rejeitou a oferta de compra pela prefeitura. Em 2015, a cidade de Apple Valley entrou com uma ação de desapropriação, e o processo agora levar alguns anos para ser concluído.

Satoko afirma que há inúmeros casos de litígios similares, extremamente dispendiosos aos cofres públicos e que geralmente refletem um desequilíbrio de recursos entre as esferas públicas e privadas.

“Quando as autoridades locais entram em conflito com uma companhia, vemos batalhas judiciais sem fim. Em geral, as empresas podem mobilizar muito mais recursos, enquanto o poder público tem recursos limitados, e muitas vezes depende de dinheiro proveniente de impostos para enfrentar o processo.”

Outro exemplo que destaca é o de Berlim, onde o governo privatizou 49,99% do sistema hídrico em 1999. A medida foi extremamente impopular e, após anos de mobilização de moradores – e um referendo em 2011 -, ela foi revertida por completo em 2013. Foi uma vitória popular, diz Satoko, mas por outro lado o Estado precisou pagar 1,3 bilhão de euros para reaver o que antes já lhe pertencia.

“É um caso muito interessante, porque a iniciativa popular conseguiu motivar a desprivatização”, diz Satoko. “Mas isso gerou uma grande dívida para o Estado, que vai ser paga pela população ao longo de 30 anos.”

Realidade brasileira

Já tem uma década que a Lei do Saneamento Básico entrou em vigor no Brasil, mas metade do país continua sem acesso a sistemas de esgoto.

De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, 50,3% dos brasileiros têm acesso a coleta de esgoto. Para a outra metade do país – 100 milhões de pessoas – o jeito de lidar com dejetos é recorrer a fossas sanitárias ou jogar o esgoto diretamente em rios. Já o abastecimento de água alcança hoje 83% dos brasileiros.

O economista Vitor Wilher afirma que não se pode ignorar esse cenário. Especialista do Instituto Millenium, ele considera que, no Brasil, a privatização seria uma solução do ponto de vista técnico e pragmático.

Ao deter controle de outras áreas que poderiam ser geridas pela iniciativa privada – como saneamento básico, correios, indústria de petróleo – o Estado brasileiro não consegue oferecer serviços básicos de qualidade, como segurança, educação e saúde, afirma.

“Na situação a que chegamos, porém, é meio irrelevante discutir se o Estado brasileiro deveria ou não cuidar dessas áreas. Porque o fato é que o Estado não tem mais recursos para isso”, diz o economista.

Luiz Fernando Pezão e Paulo Rabello de CastroDireito de imagemAFP
Image captionGovernador do Rio, Luiz Fernando Pezão (direita), assina acordo de cooperação técnica com presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, para que o banco faça a modelagem da concessão da Cedae.

“Os recursos estão de tal sorte escassos que ou o Estado privatiza, ou essas áreas ficam sem investimento. Hoje mais de metade da população não tem saneamento básico. Um Estado que gera um deficit primário da ordem de quase R$ 200 bilhões ao ano não tem qualquer condição de fazer os investimentos públicos necessários no setor.”

Moeda de troca para austeridade

O caso do Rio, e da Cedae, é semelhante ao de outros países em que a privatização de serviços públicos é exigido por instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial como contrapartida para socorro financeiro.

Satoko lembra o caso da Grécia, onde a privatização das companhias de água que abastecem as duas maiores cidades do país, Atenas e Thessaloniki, era uma das exigências do programa de resgate ao país.

“É um approach absolutamente injusto, porque a companhia de águas é vendida meramente para pagar uma dívida. Mas, com isso, o dinheiro entra no orçamento público e imediatamente desaparece. Depois disso, a empresa já saiu das mãos públicas – ou indefinidamente, ou por períodos de concessão muito longos, que costumam ser de entre 20 a 30 anos”, pondera.

No papel, a Cedae é uma empresa de economia mista, mas o governo estadual do Rio detém 99,9% das ações. A companhia atende cerca de 12 milhões de pessoas em 64 municípios.

“No caso específico da Cedae, a entrega da gestão a iniciativa privada é ainda mais justificada”, considera Wilher, do Instituto Millenium.

“Além de a situação fiscal do Rio ser crítica, a Cedae não tem serviços de tratamento de água e esgoto satisfatórios há décadas”, diz ele, citando como contraponto o caso de Niterói, cidade vizinha ao Rio, em que a desvinculação da companhia pública e a privatização da rede de água levou a bons resultados. “É um dos cases de sucesso nos últimos anos no Brasil.”

Apesar das muitas deficiências que costumam ser apontados na qualidade e na abrangência do serviço prestado, a Cedae tem ganhos expressivos: só em 2016 o lucro foi de R$ 379 milhões, contra R$ 249 milhões em 2015 – um incremento de 52%.

Satoko afirma que o argumento da ineficiência de sistemas públicos de esgoto não podem ser uma justificativa para a privatização.

“Seus defensores apresentam a privatização como a única solução, mas há muitos bons exemplos no mundo de uma gestão pública eficiente. Afinal, 90% do fornecimento de água no mundo é público”, lembra. “A solução não é privatizar, e sim democratizar os serviços públicos.”

O economista Vitor Wilher ressalta, entretanto, que privatizar não significa uma saída de cena do estado. Uma parte fundamental do processo é uma estrutura de regulação sólida, estabelecendo obrigações, compromissos, prazos, políticas tarifária.

“Não se trata de entregar para a iniciativa privada. Os contratos têm que estar muito bem amarrados, senão a empresa poderia praticar os preços que quisesse e descumprir os serviços que lhe foram designados. Isso é um ponto importantíssimo. Não basta só privatizar, é preciso regular.”

Bandeira da Grécia em AtenasDireito de imagemREUTERS
Image captionNa Grécia, privatização de algumas companhias de água era uma das exigências do programa de resgate ao país.

Lógica do lucro ‘incompatível’ com serviços?

O estudo da remunicipalização de serviços aponta para incompatibilidades entre o papel social de uma companhia de água e saneamento com as necessidades de um grupo privado. Os serviços providos são direitos humanos fundamentais, atrelados à saúde pública e que, pelas especificidades do setor, precisam operar como monopólio.

Satoko considera que grupos privados não têm incentivo para fazer investimentos básicos que não teriam uma contrapartida do ponto de vista empresarial. No caso do Rio, por exemplo, investimentos necessários para aumentar o saneamento em áreas carentes não dariam retorno, considera.

“Com a concessão para grupos privados, a lógica de operação da companhia muda completamente. Os ativos não pertencem mais ao público. Ela passa a ter que gerar lucros e dividendos que sejam distribuídos para acionistas”, diz Satoko.

“O risco é enorme. Sistemas de água não pertencem ao governo, e sim ao povo. Se esse direito se perde, torna-se mais difícil implementar políticas públicas.”

A discussão necessária, considera Satoko, é como tornar uma companhia de saneamento mais eficiente e lucrativa para a sociedade. Quando a dívida pública se estabelece como prioridade, não há mais espaço para esse debate

Livro FAZENDA BANGU

Fazenda Bangu –“A Jóia do Sertão Carioca”.

 

Bangu- Dia 14 de março de 2020, estivemos presente na tarde de autógrafos e entrega aos que colaboraram com a pré-venda e receberam uma edição especial do livro de 300 páginas escrito a quatro mãos por Paulo Vitor Braga da Silva e Benevenuto Rovere Neto, fruto de uma pesquisa de nove anos, tema envolvendo principalmente a origem e a história do bairro de Bangu, documentalmente comprovada de nossa região.

divulgação.

O período que envolve os relatos vai de 1673 até 1914, e comenta somente a instalação da Fábrica, pois o foco era o período anterior ou seja o nascimento do bairro.
Este maravilhoso trabalho de pesquisa, onde somente trinta por cento do material foi utilizado (se não o livro teria o dobro de páginas), o que leva a crer que teremos continuação.

Feito com pré-venda da qual sem a mesma não seria possível este lançamento. E a qual os autores agradecem enormemente por este grande apoio dos 130 benfeitores.

O intuito inicial visava somente a curiosidade pessoal dos autores, mas cada vez que iam descobrindo, mais vontade dava de pesquisar e um riquíssimo material foi dando forma e resultou neste belíssimo trabalho.

Vale ressaltar a contribuição da filha do Benevenuto e da Esposa do Paulo Vitor, pois muitos documentos eram manuscritos em inglês traduzidos por Julia Rovere e Bruna Braga, um trabalho minucioso e cansativo, pois continham palavras muito antigas já em desuso e difíceis de se compreender e consequente de traduzir.
Os autores confirmam que o trabalho das duas foi primordial para a realização

O livro já se encontra a venda no museu de Bangu Ao valor de R$ 45,00

fotos: Luiz Fortes

Benfeitores recebendo a Edição Especial

Na rua Silva Cardoso 349ª – Bangu  (21) 3331-0025

Aberto de segunda a sexta-feira das 9hs às 17hs – almoço as 12hs.

Você que ama nossa região precisa ter esta preciosidade em sua coleção.

#bangu #museudebangu #fazendabangu

(visite o Museu, será uma experiência incrível)