Edição nº 6: Rio Catarino – Descaso que gera tragédias.

RIO CATARINO: DESCASO QUE GERA TRAGÉDIAS

O Rio Catarino, localizado no bairro de Realengo, tem gerado muitos problemas para a população do bairro, que varia de enchentes até acidentes que causaram mortes. Em meio à situação, muitos são os envolvidos para tentar solucionar o caso, porém com muitas tentativas em vão. O descaso dos órgãos públicos gera cada vez mais transtorno para os moradores, que não tem nenhuma previsão de resposta e se encontra “às escuras”.

Mesmo depois de aproximadamente 6 anos de luta, os moradores do bairro de Realengo ainda enfrentam muitos problemas causados pelo Rio Catarino, que nasce na Serra do Barata (Maciço da Pedra Branca) e deságua no Rio Marinho junto a Av. Brasil, passando por ruas como Olímpia Esteves (atravessa), Luiza Barata,  cruza a Limites, passa na Castelo Branco mas ali é canalizado, e profundo, somente o odor incomoda, Av. de Santa Cruz e Bernardo de Vasconcelos, atravessa a linha férrea e causa estragos na comunidade Malloca. A cada ano que passa, a situação se agrava ainda mais, principalmente em épocas de chuvas constantes, onde o rio transborda causando muitas enchentes e até mortes por onde passa.
Foi pensando nisso que alguns moradores do bairro se uniram em prol da causa, criando o SOS Catarino, um movimento popular que existe desde 2007, e serve para alertar e comunicar as autoridades sobre a situação problemática do Rio Catarino, que atualmente também conta com o apoio a AMPARA (Associação Movimento de Preservação Ambiental de Realengo). Depois da criação desse projeto, alguns contatos foram realizados com autoridades, que em meio a certa burocracia, demonstram certo descaso com a situação.

Para saber mais como anda o processo de recuperação do Rio Catarino, buscamos falar com algumas pessoas que se encontram engajadas ao projeto, e moradores que sentem na pele os problemas causados pelo rio.

Uma dessas pessoas foi o presidente da AMPARA, Marcos de Moraes, que relata alguns acontecimentos e a posição dos órgãos públicos sobre o caso. Porém, o problema parece nunca ter a desejada solução. “Desde 2007 pra cá, nada evoluiu. O que nós conseguimos, foi uma intervenção do Ministério Público, com assuntos relacionados a ação civil publica, mas somente solucionando o problema em apenas uma parte, que não é o que queremos, e sim, uma solução para todos”, disse Marcos. E com a solução do problema sendo sempre adiada, este vai tomando proporções ainda maiores. “A cada ano que passa, a enchente do rio parece ir mais adiante. Hoje em dia ela pode ir até a Praça Padre Miguel no centro de Realengo,  comentou.

A solução apresentada pela Prefeitura para a recuperação do Rio Catarino seria a canalização do mesmo, o que não seria o ideal, pois “mataria o rio”, disse Marcos. E acrescenta: “A solução que temos hoje não é a correta, que é jogar o esgoto em outro local, pois assim só estamos mudando o problema de lugar. O que deve ser feito é um tratamento do esgoto, antes dele ser despejado no rio, como se diz que é feito em Jacarepaguá, por exemplo. Essa solução seria a ecologicamente correta.” Com tantos pedidos de ajuda e nada ainda feito em prol da causa, ficamos nos questionando: Será que existe, de fato, uma predisposição do poder público para solucionar o caso? “Aparentemente não existe.

Em 2008, foi realizado pela AMPARA um seminário junto à população, para discussão do caso. Em meio a tantas mudanças de projetos, em que algumas alterações e informações ainda nem foram divulgadas, o presidente da Associação de Preservação Ambiental comunica que irá realizar em breve um novo seminário, a fim de deixar a população a par da situação do Rio Catarino. “Iremos realizar um novo seminário, e quem sabe convocar alguma autoridade responsável pelo caso. […] Devemos alertar que o problema não é resolvido rapidamente. Algumas pessoas têm essa consciência, outras já querem uma solução imediata. Dependemos de verbas, de vontade política. É tanta coisa que não pode ser resolvido rapidamente”, declarou ele.

Alguns problemas que o Rio Catarino apresenta não são somente originários dele. Muitos outros rios não só do bairro de Realengo, mas também são causados por rios que se encontram ao redor dele. E além de Realengo, problemas como esse estão espalhados por todo o estado do Rio de Janeiro. Existem também as construções irregulares, feitas nas margens dos cursos d’água, e o lixo jogado dentro deles, que agrava, ainda mais o caso. Muitos falam em uma possível drenagem do Catarino, para solucionar a situação. Porém, a drenagem causaria impacto ambiental no mesmo. “Embora o rio não possua vida, ainda sim existe um impacto ambiental no solo dele, por exemplo. A drenagem é uma solução aleatória. Não resolve, mas ameniza o problema”, diz Marcos. “O ideal também seria uma manutenção periódica do rio, retirando o lixo dele, assim diminuindo o impacto que ele tem no caso de uma enchente” acrescentou, devido a uma observação feita pela Comlurb, órgão que seria responsável pela manutenção do rio, que declarou que não seria possível a manutenção do rio, devido às construções em sua margem, e o espaço que não comportaria as máquinas necessárias para tal limpeza.

O Rio Catarino não possui uma grande extensão, porém passa por muitas ruas de Realengo, e em certos pontos, devido a sua extensão não ser sempre estável, contendo algumas alterações como curvas, e profundidade maior em certos pontos, acaba causando um impacto maior em certos pontos. De acordo com informações dadas por Marcos, os locais que são sempre mais atingidos severamente são: Condomínio da Rua Limites, devido a grande concentração de moradores que sempre ficam ilhados quando ocorrem enchentes, e onde também já aconteceu acidentes; Rua Nepomuceno, pois é uma área mais baixa e mais propícia a enchentes, e onde o Rio Catarino apresenta mais curvas e bancos de areia; Rua Bernardo de Vasconcelos e Av. de Santa Cruz, pois são ruas de mais movimento de trânsito, e Maloca, por ser uma área onde existe muitas casas localizadas perto do rio.

Enquanto procuramos a melhor alternativa para ajudar o Rio Catarino, sua situação se complica cada vez mais. São muitos os órgãos públicos envolvidos ou entidades fundadas pela própria população. Mas o que temos ter em mente, é que a solução começa sempre com os próprios moradores, que devem cada vez mais se conscientizar da situação, e não jogar lixo no rio, por exemplo. Além disso, devemos sim, cobrar soluções dos órgãos responsáveis pelo assunto, pois são formados por pessoas eleitas pela própria população, e é dever deles tomar medidas para garantir o bem estar da mesma. A solução do problema vem sempre das duas partes.

Por Laís Brites

MALOCA

O rio que nasce na serra do barata e corta o bairro de Realengo passa pela favela Vila Vintém. Nossa reportagem percorreu as vielas da maloca com o Líder comunitário Sergio Amorim e vimos em Loco os transtornos que o rio e suas cheias causam na população carente. Nosso passeio pela maloca com Sergio Amorim começou pela Travessa Imperador, rua rente a linha do Trem, por onde o rio passa abaixo doa trilhos.

Logo no Início um morador nos leva a uma casa onde um jovem chamado Marcio Leandro contraiu dengue. A doença foi diagnostica pelo PAM Bangu. Agora é monitorado pelo posto de saúde com a administração de soro fisiológico. Segunda a tia de Marcio Leandro, dona Celia existe outro caso, na esquina da mesma rua.

Sergio Amorim nos leva a localidade da Maloca. Lá o líder comunitário conseguiu obras em 2003/2004 para calçamento. Junto a uma pequena ponte que atravessa o rio Catarino constatou que o leito do rio é bem espremido pela e que o curso de agua  está muito próximo da margem (cerca de 50 cms.) Qualquer chuva já transborda o rio e as enchentes trazem danos aos moradores. Com a casa grudada no rio Dona Regina aponta aonde a agua chega e diz que perdeu todos os moveis.

Ainda na maloca encontramos o agente de saúde Fernando. Ele nos relata que os problemas de saúde são constantes. A localidade tem muitas crianças que brincam quando ocorre cheias e depois aparecem as doenças de pele, diarreias e a dengue.

Já chegando à rua mesquita, a comerciante Cyntia, aponta o local que a agua do rio alcança quando enche e que muitos moradores perdem moveis e eletrodomésticos. Em todo o curso do rio, nossa reportagem identificou a sujeira, lixo e falta de conservação em todo trajeto do rio.

Em nossa conversa com Sergio Amorim, ele diz estar tentando com a Rio Aguas a canalização do Rio Catarino e que o projeto não tiraria os moradores doa margem do rio.

Por Marcelo Queiroz

 

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Edição nº 4: PREFEITO VISITA BASQUETÃO E PROMETE OBRAS.

Em Julho de 2011 o Realengo em pauta noticiou isso:

Realengo em Pauta acompanha a visita do Prefeito a Realengo.

Visita do Prefeito no Basquetão em Realengo (lado Norte), o Vereador Jairinho disse que com o Eduardo, eles (os políticos) têm conseguido melhorar a qualidade de vida das pessoas quePrefeito Eduardo Paes no Basquetão em Realengovivem aqui, a Zona Oeste tem tido outra cara e nem mesmo nos meus melhores sonhos eu imaginei que pudesse demandar com o Prefeito da Cidade num domingo de manhã, para ver de perto os problemas das pessoas que mais precisam, que são as pessoas da zona oeste, que estão trabalhando e batalhando melhorias do poder publico. E dirigindo se ao prefeito disse: Nós trouxemos o Sr.  Aqui hoje pois temos três problemas que nós priorizamos aqui na nossa região. Temos o problema da Praça dos Cadetes que tem ali o campo de Malha que atualmente esta servindo como Cracolândia, desejamos para ali, uma clinica da família, uma creche alguma coisa precisa ser feita…de preferencia uma clinica da família, para atender  a uma população carente em serviços de saúde aqui em Realengo, e reformar a Praça dos Cadetes que é importante também, estamos também com o pessoal  do IAPI, aqui de Realengo, para poder pedir a reforma destes quatro blocos de prédios e por fim temos uma reivindicação de 40 anos dos moradores da Marechal Simeão e rua Titanic, que sofrem com problemas de drenagem e enchentes, onde já teve registros de 1,5 m de água.  Sei da sua luta, e esforço, e que não serão da noite para o dia que resolveremos todos os problemas que se acumularam em 20 anos de abandono. Vou dar agora a palavra ao Coronel Jairo, que disse da alegria de estar aqui. E agora eles (os governantes) estão prestando atenção pra a Zona Oeste, pois ele sabe que foi aqui que ele foi eleito, que foi aqui que nós fomos às ruas e elegemos este prefeito. Graças a Deus ele reconhece e tem se esforçado para mudar este quadro. Digo que os eleitores devem pesquisar na internet o diário oficial, o que os políticos da região tem realizado, não é assim que se faz politica, colocando Jornalzinho confundido as pessoas, não é a faixa, não é o panfleto que diz quem fez a obra, e sim com estas pesquisas irão ver quem verdadeiramente esta brigando pelo seu bairro. Eu tenho a maior vaidade por lutar para trazer eles numa bela manhã de domingo, e ver o Jairinho relatar nossos problemas e reivindicações, eu acredito que ele vai fazer, pois tem compromisso com esta população. Tudo para nós sempre foi muito difícil, mas ninguém consegue tirar o amor e a dignidade que a gente tem por esta terra aqui. Muito obrigado, fiquem agora com o melhor prefeito do Brasil.

Prefeito Eduardo Paes  disse que todos os pedidos a ele feitos, já estão parcialmente adiantados, com orçamentos  em andamento, e outros já concluídos. Disse também que é prioridade dele a questão do saneamento.  (infelizmente não conseguimos perguntar nada a ele)

Morador indignado por não poder dialogar com o prefeito.

Ouvindo os moradores: Sr.  Antônio Galvão – ex-presidente da Câmara Comunitária de Realengo, morador da rua Titanic. Estou indignadíssimo, primeiro que eles vem numa visita relâmpago, e só querem falar e não ouvem a população e de blá-blá-blá estamoscheios. Exaltado o Sr. Antônio disse que o novo Viaduto começa onde não deve e termina onde não devia! Não tem alça para a rua São Pedro de Alcântara e outra coisa, tem autorização do Ministério da Guerra para resolver o problema da enchente, por que eu e o Coronel Ramirez (ex-comandante da ESEE), fomos na DI e ele autorizou a entrada das maquinas…aqui ó que eles vão conseguir.

Isso ai é conversa para enrolar o povo, não tem a mínima condição, afirma a Srª Helenice Capella

” Eu não sou engenheira, mas fiz economia e posso lhe garantir que estes dois

milhões e seiscentos mil, não cobre esta obra, não tem cabimento.”

Conforme já falei, esse pretenso orçamento, liberado para a

obra na rede de esgotos no entorno da Praça Antônio Galvão, não é suficiente.  A rede de esgotos dessa área é condominial, o que quer dizer que passa por dentro das casas, tem mais de setenta anos eestá quase totalmente inoperante.  As manilhas são de barro, com um diâmetro pequeno,tendo em vista que foram feitas para uma casa de dois quartos e, no máximo, quatro pessoas por casa.  Como o Senhor sabe, todas as casas foram ampliadas e, na maioria, foram feitas mais uma ou duas casas.  As manilhas que passam pelas ruas também estão saturadas, tendo em vista que a rede para águas pluviais também não é suficiente para o esgotamento das águas das chuvas.  Portanto elas acabam se misturando.

“A Sr. Eunice disse que R$ 2.600.000,00), não refaz a rede de esgoto nesta região, pois só a pintura dos prédios  ficou orçado em R$ 1.040.000,00.  O Sr. Marcos Wilson morador da Mal. Simeão concorda com a moradora e acrescenta que é inadmissível este problema perdurar por tanto tempo sem solução concreta.

De acordo com a CEDAE em visitas constantes para desentupimentos de esgotos, as manilhas que passam por baixo dos imóveis já esgotam água através delas, tendo em vista o desgate causado pelo tempo.   Agora,  qualquer sequelado mental pode deduzir que um orçamento de R$ 2.600.000,00, de acordo com dados fornecidos pelo Sr. Secretário de Obras, presente ao evento, não será suficiente.   O que vai ser feito, é mais uma vez, uma obra de maquiagem, para angariar votos, tendo em vista as próximas eleições para Governador do Estado.  É impossível que um orçamento desse seja compatível com a obra, principalmente se compararmos com o orçamento liberado para a pintura dos blocos de apartamentos da Rua Titanic, que ficou em R$ 1.040.000,00.   Ora, ou a pintura foi superfaturada ou o orçamento para o esgoto é insuficiente!  Como poderemos saber, já que não há transparência nas contas!

Fico feliz em poder colaborar com seu informativo e acho que Realengo precisa realmente de uma voz mais forte.

Quero que o Senhor possa encontrar na minha pessoa uma colaboradora a sua disposição.

Célia Regina de Souza moradora da Rua Xavier Câmara (leitora do Realengo em Pauta) disse se você passar ali em várias casas vai ver saber que um ladrãozinho safado entrou e roubou até comida de dentro doo armário,  até bicicleta por cima do muro ele levou, e ninguém faz nada, são garotos da comunidade que não tem escola direito, não tem atendimento social tipo afro reggae, não tem ensino profissionalizante as mães são pobres não tem como pagar. E porque quebra molas? Quebra molas não é prioridade, tirou a 33º daqui botou lá pra casa do caramba e a gente ficou abandonado pacificou o Batan. O povo aqui é meio hipócrita não fala quando precisa, temos aqui uma enchente a mais de 40 anos e ninguém resolve. Vem ver quando chove…mas venham de barco.

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Edição nº 3: Das vielas da vintém, para o Theatro municipal.

Gabriel Francisco Pilar.

Um joia preciosa de apenas 14 anos descoberto pela professora Fernanda Gonçalves.

Qual o seu interesse por dança? R) Eu comecei com jazz, e a Fernanda fazia um trabalho social

 com balé no mesmo local e gostou do meu estilo e me chamou no final de uma da aula e convidou  para apresentar  uma coreografia e eu gostei e estou ai até hoje.

E teve alguma influencia da família ou amigos, R) Não, pelo contrário.

Eu comecei escondido da minha família, comecei na vila Olímpica Mestre André, e dizia em casa que ia fazer curso, e na verdade ia fazer dança?

E como foi a reação da sua mãe?  Como disse eu ia escondido, e depois que contei para ela não gostou nada disso… mas com o tempo foi amolecendo e aos poucos ela aceitou, e agora chora e tudo quando me vê dançar.

Ela não me proibiu de fazer, mas disse que não gostava, mas hoje é uma das minhas maiores incentivadoras.

Você teve algum tipo de discriminação por fazer dança? Tive pra caramba, tive até de mudar de escola, eram os meninos que faziam futebol na vila olímpica também e que estudavam na mesma escola, me viram dançar e para eles eu era bailarina, pois para eles não existe bailarino.

Tem sonhos de seguir carreira? Sim para o próprio Teatro municipal. Eu só estou na escola de dança do Teatro sob a direção de Maria Eloeneva, mas quero entra para o corpo de baile.

Vc sonha se apresentar em algum lugar especial? Sim na Argentina, é lá que se encontra o mundo do balé.

Vc se espelha em alguém? Não só admiro a Fernanda como uma grande bailarina, ela é perfeita para mim.

A Fernanda é a pessoa que foi responsável por vc estar no mundo da dança? Sim claro a Fernanda foi e tem sido ótima para mim, eu amo ela de paixão, todo dia agradeço o que ela o que esta fazendo por mim.

Qual a opinião dos instrutores do Municipal? Falam qu ainda não sou perfeito, e se continuar eu vou ser. Eles falam que sou bom, devo me dedicar e treinar com afinco.

Como vc entrou no municipal? Foi um teste, a Fernanda é formada por esta escola que estou agora, a ela me treinou e inscreveu para disputar com 24 pessoas e só tinha quatro vagas, e eu fui um dos quatro agraciados.

Edição nº 2: Várias histórias em um só local.

Capa da 2ª edição.

         

Nesta Edição mostramos que em um só local, pode haver muitas histórias para serem contadas. Onde no passado abrigou uma Fabrica de Cartuchos, e hoje se encontra o IFRJ e que neste intervalo houve uma briga pela instalação de uma CEFETEQ, através do Movimento Pró-Escola Técnica. (confiram)       

         

O Campus Realengo       

 O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro foi criado de acordo com a Lei 11.892, de 29 de Dezembro de 2008, esta lei que foi promulga pelo Então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela obriga que as Redes Federais de Educação Profissional, Cientifica e Tecnológica que criem os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IF).     

Qual o objetivo desta Lei? Foi dar mais oportunidade para os jovens que até então só poderiam estudar no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ), a onde também abrigava o Centro Federal de Química no bairro do Maracanã. Sendo que, por motivos de infra-estrutura a Federal de Química teve que mudar para a Praça da Bandeira. Como não poderia existir num mesmo município duas Redes Federais de educação, e a centralização destas escolas gerava a exclusão de muitos jovens que residiam em outros municípios de terem acesso a educação de boa qualidade para que pudessem competir com igualdade no mercado de trabalho, foram criados os Institutos Federais, o primeiro Instituto Federal criado foi o Campus de Nilópolis.       

Profº José Airton - lendo a nossa 1ª Edição - foto L. Fortes

Sabemos que após um longo processo de privatizações que a educação tecnológica passou e ainda vem passando, esta Lei foi uma forma de devolver ao cidadão o direito ter um conhecimento técnico de qualidade, e aumentou a inclusão destes cidadãos que estão distantes dos grandes centros, a este tipo de educação. Tal processo multiplicou até chegar a Realengo. O Instituto Federal – Campus de Realengo que hoje este situado na Rua Prof. Carlos Wenceslau, 343, e tem como seus responsáveis: Diretor geral do campus: Prof. José Airton Monteiro; Diretora Adjunta de Desenvolvimento de Ensino: Prof.ª Lúcia de Macedo Silva Reis; Diretor Adjunto de Apoio Técnico ao Ensino: Prof. Jorge Oliveira dos Santos.       

        

De acordo com as informações do Prof. José Airton Monteiro, o Campus Realengo ficou com uma área 2200m2 da extinta Fabrica de Cartuchos, esta Fabrica ocupou uma área de 146000m2 do Bairro de Realengo, sendo que o projeto da construção do Campus não foi concluído em sua totalidade, e nem as obrigações sociais que esta Instituição se propôs a atingir, como: o Ensino Médio Técnico, que não tem uma data específica para ser implantado neste Campus. Hoje este Campus oferece três cursos voltados para área da saúde a nível superior, são eles: Bacharel em Farmácia, Graduação em Fisioterapia e Graduação em Terapia Ocupacional.       

Sendo que o curso de Bacharel em Farmácia está em constante deslocamento entre este Campus e o Campus de Nilópolis, pois os laboratórios de Realengo não foram concluídos ainda, e para que os discentes não fiquem sem as aulas de laboratório esta foi a solução. Bem pelo menos este problema teve uma solução provisória, mais o Ensino Médio?       

Segundo o Prof. José Airton Monteiro a instituição tem um compromisso com a comunidade de disponibilizar 50 % das vagas para o ensino Médio técnico, mas como puderam observa este fato ainda não ocorreu. Hoje o campus é composto de cinco prédios, que estão distribuídos da seguinte forma: Um prédio de sala de aula, dois prédios de laboratório que não estão equipados sendo assim, possui também um prédio para clinica escola e o prédio da administração. Mas de acordo com o projeto estão faltando ainda à construção de uma biblioteca, mais um prédio de salas de aulas, um auditório, quadras poli-esportivas, setor dos professores, e falta equipar os laboratórios.       

O campus comporta atualmente 420 alunos matriculados, quando a capacidade deste campo é para 3000 discentes. Percebemos que objetivo primário desta luta não foi alcançado, mesmo tendo a promessa de que todas essas pendências serão sanadas, não devemos nos dar por convencidos, pois esta luta que perdura desde época da ditadura até os dias de hoje, não pode terminar assim. Mais para que este Campus chegasse aqui, teve muitas pessoas e grupos envolvidos, e estaremos falando deles também.       

   

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A Fábrica de Cartucho de Realengo       

Para compreendermos melhor este contexto histórico, vamos falar escritor Carlos Alberto da Cruz Wenceslau (professor Emérito da Universidade Castelo Branco) autor do livro “Realengo (Meu Bem Querer)”, onde cita:       

“O ano de 1878 é um dos marcos fundamentais para compreensão da história do desenvolvimento local. Naquele ano, foi inaugurada a estação ferroviária de Realengo.”       

O autor cita que neste momento Realengo começou a receber algumas indústrias privadas e instituições militares:        

  • · Escola de Tiros e a Escola Militar de Realengo.

   

Em 1898 foi criada a Fábrica de Cartuchos de Realengo, e junto vieram novos comércios, novos empregos e novos realenguenses. O bairro cresceu entorno da fábrica, mas em 05 de maio de 1977, esta foi desativada, o que abalou o crescimento de seu entorno. Os realenguenses buscaram a superação e a maior prova desta é ver o hoje. Seguindo uma linha do tempo veremos em que se transformou a extinta Fábrica de Cartucho de Realengo.      

Hoje, dos 146000m2 que pertenciam à fabrica, uma pequena parte está sendo ocupada por algumas instituições como, por exemplo: o Colégio Pedro II, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Campus Realengo) e outras obras estão em andamento.       

  A  FÁBRICA  DE  REALENGO       

Antigo Arsenal - Foto Zé Russo

   O antigo Ministério do Exército, em seu organograma constava vários Departamentos que dirigiam um grande número de Diretorias. A Diretoria de Fabricação e Recuperação tinha sob a sua subordinação várias Fábricas e Arsenais para cumprirem a tarefa de fabricar e recuperar o Material Bélico do Exército. Dentre as Fábricas havia a muito importante e famosa Fábrica de Realengo.       

  Era da Fábrica de Realengo a tarefa de fabricar munição de infantaria, para todo o Exército Brasileiro, a chamada munição para o armamento leve, (fuzil, metralhadora, etc.)       

  Iniciou suas atividades com sede em Campinho, Cascadura, e mais tarde foi transferida para Realengo. Depois de estabelecida em Realengo, ocupou algumas das instalações da antiga Escola Militar de Realengo, que haviam ficado desocupadas em virtude da transferência da Escola Militar para Resende quando se transformou na Academia Militar das Agulhas Negras.       

 Iniciou com o nome de Fábrica de Cartuchos de Infantaria para mais tarde se tornar Fábrica de Realengo.   Com um grande número de funcionários de ambos os sexos e de várias categorias, ocupava quatro grandes áreas onde realizava suas atividades. As áreas  eram assim denominadas:      

 Área l, na rua Bernardo de Vasconcelos, destinava-se mais a parte administrativa, com o gabinete do Diretor, dos chefes dos Departamentos Técnico e Administrativo, as chefias de vários Serviços e também Tesouraria, Almoxarifado, Posto Médico etc. Nesta área estavam instaladas as antigas oficinas de munição .30 e 7mm, que depois da segunda grande guerra mundial os armamentos que usavam esse tipo de munição foram caindo em desuso. Havia, também, um Armazém Reembolsável e uma Padaria que  funcionavam nessa área para atendimento aos funcionários. Alguns funcionários quando se viam “apertados” sem dinheiro antes do pagamento do mês, faziam o famoso e chamado por eles de “bombardeio” que consistia em comprar mercadoria no Armazém Reembolsável, para desconto no final do mês e revendiam a dita mercadoria a terceiros e usavam o dinheiro nas necessidades do momento.       

  Área 2, na avenida Santa Cruz, destinava-se a parte social. Nesta área tínhamos o Serviço de Transportes, a Escola Maternal e a Escola de Aprendizagem Industrial, na qual eu estudei durante 3 anos e me formei na profissão de mecânico ajustador, enquanto outros alunos se formavam na especialidade de torneiros mecânicos e todos nós depois de formados, automaticamente já estávamos empregados na Fábrica e desempenhado nossas funções em uma das dependências já como profissionais.Já como militar fui professor de mecânica e coordenei a EsAl por aproximadamente 5 anos. Durante vários anos trabalhei na Oficina de Ferramental, que ficava na área 1, e  confeccionava ferramentas para, nas máquinas apropriadas fabricarem os estojos, as balas, as cápsulas para depois ser montado os cartuchos. Essa Escola  se destinavam aos filhos dos funcionários, e após uma prova de seleção entravamos para aprender uma profissão, havia também  o Serviço Social e um grande Refeitório onde todos os funcionários faziam duas refeições diárias: tomavam o café da manhã e o almoço, um campo para a prática de esportes e duas quadras para futebol de salão, voley e basquete.     

  Área 3, na rua  Oliveira Braga,  era destinada diretamente à produção industrial da Fábrica. Várias oficinas formavam essa grande área. As duas maiores e de grande importância  eram as que fabricavam  munições dos calibres 7,62  e o .50, das quais a Fábrica era especialista em todo o Exército Brasileiro. Além das munições acima citadas, havia a fabricação e o carregamento de cápsulas para essas munições  e o carregamento de alguns tipos de granadas, cujos corpos eram fabricados na antiga Fábrica do Andarai. Essa área, a mais extensa das quatro existentes, além do que foi dito acima havia também uma moderna Casa Balística, onde eram feitas as provas para verificação da eficácia da munição produzida, uma grande granja para atendimento dos funcionários, uma seção de desmancho de munição refugada ou que havia perdido a validade para uso e o Contingente Especial com um efetivo de, sargentos, cabos e soldados que eram escalados para  a guarda das quatro áreas da Fábrica.       

     Toda a produção era embalada na própria Fábrica, em cunhetes (caixotes) de madeira confeccionados na carpintaria da Fábrica  e enviada para o  BDMun (Batalhão Depósito de Munições) em Paracambi, aqui mesmo no Rio de Janeiro e depois distribuída nas diversas Unidades militares do nosso Exército.       

     Havia um desvio, ferroviário, que possibilitava a entrada de máquinas conduzindo vagões que se destinavam ao transporte de grandes quantidades de munição, que eram transportada para  unidades militares fora do nosso estado e servia, também para trazer munição de vários pontos do Brasil, munição essa que tinha perdido a validade por ter ficado sem ser usada dentro do tempo previsto. Essa munição vinha para a Fábrica a fim de ser destruída pois o seu uso não oferecia segurança. Para essa missão o Exército contava com o apoio da nossa Marinha de Guerra que transportava a munição em embarcações, na missão que eles chamavam de “faina de fundeio”e em alto mar era descarregada a uma  determinada distância da costa por medida de segurança, eu como não era do mar, enjoava muito quando participava na  missão da “faina de fundeio”., pois em alto mar a embarcação balançava muito.      

      Anualmente três grandes festa eram realizadas na nossa famosa FR, 8 de agosto, aniversário da Fábrica, quando havia várias atrações e competições esportivas  e as festa no final do ano, uma no Natal e outra no final do ano.       

Área 4, na rua Princesa Imperial. Esta um pouco afastada, se localizava no outro lado da linha férrea da estação de Realengo,  continha vários Paióis e se destinava ao armazenamento de munições e explosivos.       

  Pela década de oitenta, foi criada a IMBEL, (Indústria de Material Bélico) uma empresa particular, da qual o Exercito era um dos acionistas e fiscalizava a produção do que era fabricado. Todas as Fábricas militares passaram a pertencer a IMBEL  Depois de vários estudos, as comissões criadas para esse fim, verificou que não era vantajoso a continuação das atividades em algumas Fábricas sendo incluída nesse grupo a Fábrica de Realengo. Em conseqüência  a F.R. foi desativada. Os seus funcionários, militares e civis, foram transferidos para outras Organizações Militares do Exército e as áreas com os imóveis tiveram vários destinos. Podemos dizer que a desativação da F.R. deixou muitas saudades aos seus antigos funcionários e também a todo o povo de Realengo que a tinha com muito orgulho e era uma grande tradição no nosso bairro.      

Luiz Orlando - (fotos-L.Fortes)

                                                                                                                Fonte dessa consulta: Capitão R1 Luiz Orlando de Almeida       

Histórico:  Em 1951, com 14 anos entrou na Escola de Aprendizagem Industrial, em 1953, concluiu o curso de Mecânica Industrial da EsAI, em 1954 iniciou suas atividades como funcionário civil da F.R. , em 1957, após concurso foi promovido à graduação de 3° Sargento do Quadro de Material Bélico, em 1982, já como oficial, e com a desativação da F.R. foi transferido para outra Unidade Militar.       

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O MOVIMENTO PRÓ ESCOLA TECNICA.      

        

O Realengo em Pauta foi ouvir de Joel Costa – um dos coordenadores do movimento Pro-Escola Técnica – como foi à luta para a implantação de unidade de ensino profissionalizante em Realengo.       

 Segundo Joel Costa o movimento começou foi no final da década de 80 por volta de 1987. Sendo uma articulação do movimento popular formado por associações de moradores.  Numa reunião de todas as associações de moradores da Zona Oeste na Igreja N.ª do desterro. Sendo  Joel Costa  eleito coordenador da área de Educação.Na nossa região participaram as associações do Cacau, Sulacap, Capelinha, Frei Miguel, Jardim Novo, Realengo e Adj. O Objetivo na região seria utilizar os terrenos da antiga fabrica de cartuchos, naquele momento abandonados.       

Foi criada uma comissão sendo composta por:      

 

Joel Costa (foto: M. Queiroz)

   

Antonio Palmeira (Ass. Cacau) / Dilma Garcia (Ass. Sulacap) / Nilton de Lima (Ass. Capelinha) / Francisco Tabosa (Ass. ) / Josete de Oliveira (Ass.) / Joel Costa (ass. Jardim Novo)       

 Na luta pela Escola Técnica aconteceu a participação de setores da Igreja, sendo destacada a atuação do Pe. Jonh Cribbin (OMI) e várias reuniões ocorrerão na Capela Cristo Rei.       

 Segundo Joel Costa um acontecimento importante foi o aparecimento de rachaduras na estrutura na Federal de Química (Maracanã). Os coordenadores ofereceram ao diretor da CEFETQ o terreno e a verba que havia sido aprovado para o projeto da escola técnica em Realengo. Aconteceu a visita de engenheiros e arquitetos da CEFETQ no terreno da fabrica de cartuchos.      

 Em 1992/1993 foi divulgado um manifesto a população sobre a luta do movimento Pro-Escola Técnica e começaram a colher assinaturas da população. Foram totalizadas segundo Joel Costa mais 20 mil assinatura.      

 Um novo fato importante foi o tombamento dos terrenos da Fabrica de cartuchos por decretos do prefeito e lei aprovada pela CMRJ.       

 A luta para realizar o sonho de milhares de famílias da Zona Oeste sofre um grande golpe quando o campus da CEFETQ foi transferido para Nilópolis por influência dos políticos daquele município. Inclusive com aprovação de Lei que veta a implantação de outra escola técnica no mesmo município segundo Joel Costa.       

 Foi feito o projeto arquitetônico do campus de Realengo. Segundo Joel Costa com a CEFETQ em Nilópolis foi realizadas reuniões com o Diretor Edmundo onde foi apresentado o projeto da Escola Técnica de Realengo.       

 Segundo Joel Costa a fase do Gov. Lula foi igual à de outros governos e que falta concluir o projeto como a praça de alimentação e o teatro. E que não tem prioridade para os alunos da rede pública como é no Pedro II. Para ele a Luta continua. O projeto será para 3 a 5 mil alunos e o espaço público deve ser utilizado pela comunidade. Como no Campus Realengo só funciona os cursos de graduação e que o ensino médio técnico não funciona ainda para muitos a luta pela escola técnica continua desde 1987, pois tem como objetivo formar mão de obra qualificada na região para aproveitar as oportunidades como a CSA, o pólo petroquímico de Itaboraí e do projeto siderúrgico da Costa Verde.      

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Veja neste link outras fotos .      

https://picasaweb.google.com/112120399495786332201/Edicao202?authkey=Gv1sRgCMj9u-exgNKDTQ&feat=directlink      

COLUNA: ÉTICA E CIDADANIA                       

   

O PERIGO NUCLEAR    

 A coluna Ética e Cidadania programou para as primeiras edições do Realengo em Pauta tópicos relacionados com a municipalidade. Pretendemos tratar aqui questões como lixo, água, transporte e meio ambiente. Nesta edição poderíamos até retratar a tragédia da E.M. Tasso da Silveira. Mas vamos falar sobre um assunto mundial que pode um dia ter acontecimento aqui e gerar uma tragédia sem precedentes.     

 Acompanhamos pelos meios de comunicação a tragédia no Japão. Um País preparado e acostumado a terremotos devido à sua posição geográfica. A sabedoria milenar desse povo se organizou para enfrentar os desastres ambientais e tinha se saído muito bem até então. Os acontecimentos de 11 de março, quando o Japão foi sacudido por um terremoto e um tsunâmi, demonstraram que as nuances dos chamados acidentes naturais estão alcançando níveis elevados e provocou um risco maior. O acidente nuclear de Fukushima, um complexo de usinas nucleares que ruiu após o tsunâmi e os abalos sísmicos, com a explosão de reatores e vazamentos de água radioativa e que chegam agora (em 10 de abril) a classificação 7 (sete), a mesma de Chernobyl (Ucrânia -1986). Nossos olhos se voltam para Angra dos Reis, cidade litorânea de nosso estado e que abriga o complexo nuclear Almirante Álvaro Alberto, composto de 3 usinas: Angra I com 657 MW funcionando desde 1985, Angra II com 1309 MW funcionando desde 2001 e Angra 3 ainda em construção.     

 O complexo fica situado na enseada de Itaorna que na linguagem indígena quer dizer “pedra podre” talvez devido às constantes deslizamentos de terra da região.  Estamos longe dos terremotos e tsunamis do Japão, porém quais seriam as conseqüências de uma enxurrada de chuvas como aconteceu na região serrana em fevereiro deste ano, se acontecesse em Itaorna? As nossas autoridades, tendo a Eletronuclear à frente afirmaram que o modelo brasileiro é seguro e que as chances de ocorrer um acidente deste porte é quase nula. Parece que agora somos nós mais preparados que os milenares japoneses. Diziam isso também sobre Chernobyl e Fukushima veio para desmentir isso.      

 Estamos preparados para um acidente deste porte? Parece que não, pois uma das medidas que ajudaria na evacuação dos moradores do entorno da usina ainda não saiu do papel, trata-se da duplicação da estrada Rio-Santos. Temos que cobrar sim maior atitude e menos discurso sobre os verdadeiros perigos desta forma de gerar energia.     

      

      

Marcelo de Queiroz    

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Coluna: Terceira Idade    

Por Armando Silveira   

   

“Um Testemunho de Fé”    

 A Fé é uma adesão espiritual do homem á Deus. Crer em Deus é um ato humano, consciente e livre. Todo cristão, pela fé, deve conhecer e compreender melhor o Criador. Santo Agostinho diz: “Eu creio para compreender e compreendo para melhor crer”.    

Os desígnios de Deus são incomensuráveis. O que eu alimentara durante a minha juventude, era conhecer a Europa, precisamente a Suíça, onde meu saudoso pai estudara. Ali, ele se especializou em Línguas Modernas e Música.    

Ao regressar à sua terra natal, trouxe consigo, uma bola, e as regras do “Football Association”. Fundou um clube de nome “Stella” e é considerado o introdutor do futebol no Ceará, sua terra natal. Em 1909, graduou-se bacharel em Direito Criminal. Entrou para a política e logo foi eleito prefeito de Trairí, cidade litorânea do Ceará. Foi eleito deputado no governo Justiniano de Serpa. Em 1930, retirou-se da política, ingressando definitivamente no Magistério. Foi nomeado, por concurso, tradutor público do estado. Durante 40 anos lecionou em vários colégios a uma plêiade de homens ilustres: Moreira da Rocha, Menezes Pimentel, Armando Falcão, Juarez Távora entre tantos. Com Carmem Abreu Silveira, constituiu uma numerosa família. Faleceu em1967 cercado por 14 filhos e 52 netos.   

Quando da minha estada na Suiça, onde reside uma de minhas filhas, conheci Roma, na Itália, Paris, na França, Madrí, na Espanha, Viena, na Áustria e várias cidades fronteiriças com a Suíça. Na Suíça, conheci um povo conservador, disciplinado e culto. Na cidade de Lausanne, em um passeio a barco, fiquei admirado e extasiado ao ver um lago sereno e limpo, tão azul quanto o céu, as margens floridas; no horizonte, alvas geleiras recordavam uma moldura. Ao filmar tanta beleza eu cantarolava espontaneamente um verso: “Porque tu me deste a vida, porque tu me deste o existir, porque tu me deste o amor, a minha vida é para ti, Senhor…”    

A minha aposentadoria ainda era precoce quando retornei ao Brasil. Os amigos desapareceram. A insensatez começava a perturbar a razão. Minha esposa, companheira de muitos anos, participara da fundação do “Grupo de Oração Amor é Vida”, fundado por amigos da Paróquia N.S. da Conceição. Frequentei, pela primeira vez, numa quarta feira, à noite, ora se me lembro, fazia frio e pela primeira vez, ouvi os versos que eu mesmo havia murmurado no lago de Lausanne, na suíça. “Porque tu me deste a vida…” Louvado seja Deus, nosso Criador.    

Armando Silveira   

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Informativos:  

LIONS CLUBE -RJ – REALENGO – Novos Sócios –   

 Com a presença do Governador CL Aquilles (2011/2012) sob a presidência do CL Francisco Miranda, foi realizada no auditório da Faculdade Simonsen no dia 15 de Março a posse dos novos sócios. São eles CL Fernando, CªL  Maria José, CªLGelci e o CL Andre Luis comerciante Filé da padaria.     

CHATUBA REALENGO – Parabenizamos A Loja de Materiais de Construção CHATUBA,  que completou  1 ano de sucesso  em março.  À direção e aos funcionários, nossos parabéns e desejamos vida longa e sucesso  e que outras grandes lojas se juntem a ela, valorizando ainda mais o nosso Realengo.  

COLÉGIO PEDRO II  – Também ao Colégio Pedro II, pelos 6 anos da instituição em nosso bairro. E anunciam que vem muito mais coisas boas por ai, estão ampliando o número de salas, em breve um Conservátorio de Musica.  Mas são os pais é que agradecem a vinda deste tradicional colégio, engrandecendo ainda mais nossa região.     

 Arnô da Academia – 50 anos do Arnô da Academia, que foram comemorados juntos dos amigos e alunos com futebol no campo do Periquito, e logo após um churrasco na academia. Felicidades e muitos anos de vida.

Edição nº 1: Nova obra para o nosso bairro. (Novo Viaduto de Realengo)

capa do Jornal Realengo em pauta com materia sobre o novo Viaduto de realengo.

Editorial

 O Realengo em Pauta nasce nesse ano de 2011 com o propósito de mostrar o que vem sendo feito de bom em nosso bairro e valorizar o que faz de Realengo um local especial em nossos corações, mas sem nunca se esquecer de criticar e expor ideias construtivas para o seu avanço.

Nosso compromisso vai além da responsabilidade de informar e expor projetos. Propostas culturais, esportivas e filosóficas também farão parte permanente de nossas paginas. Nunca esquecendo a responsabilidade de formar opinião, mantendo o respeito à opinião de todos.

O Realengo em Pauta vem criar um espaço democrático, sendo uma ferramenta para que os moradores conheçam melhor o seu bairro e possam interagir em nossas paginas, com sugestões, opiniões, criticas, etc.

Em nossa primeira edição, retratamos a visita do Prefeito da cidade do Rio de Janeiro, para o lançamento das obras do novo viaduto de Realengo, e postamos a opinião dos moradores do bairro. Na seção Norte Sul “in loco”, damos uma panorâmica das regiões de nosso bairro.

Abrimos espaço em nossas paginas, para um blog que vem se destacando na internet, com um trabalho de incentivar a participação do cidadão, que é o Pró Realengo. Teremos também as colunas Ética e Cidadania e Melhor Idade, além de divulgar a cultura e lazer em Realengo.

Esperamos a sua participação nesse projeto. Boa Leitura.

(por Pedro Henrique Laport)

Coluna:    Realengo  de Norte a Sul, “IN LOCO”.

  •  Os moradores da Rua Pedro Gomes não aguentam mais de tantos alagamentos .Os bueiros novos não adiantam se as tubulações são antigas e estreitas.
  • Moradores da Rua do Imperador na altura da Rua Neponuceno, reclamam que a força da aguá, fornecida pela CEDAE, diminuiu sensivelmente de 5 meses para cá.
  • No Barata moradores sem consciência jogam lixo no Rio Piraquara (perto da nascente) e com isso num futuro bem próximo ele não mais existirá, somente os esgotos a céu aberto será visto.
  • Poste inclinado na Rua do Imperador, vai tombando lentamente (tal a Torre de Pizza), por culpa das obras inacabadas do rio Cidade que tirou a fiação que o ligava e sustentava com a Av. Santa Cruz.
  • Transito: Recebemos diversas reclamações que os motorists de Realengo não respeitam os sinais e ignoram quem quer atravessar perto das ruas Limites e do Governo, em frente da Escola Estado de Israel.
  • Porque o Parque “Ecológico” da Pedra Branca não permitea entrada de bicicletas, que é um meio de transporte ecológico.
  • No Batan jovens podem se inscrever para o projeto Agencia: Redes Para a Juventude. Inscrições até 14/03 – mais detalhes tel: 2507 2909
  • Os sinais de transito na Estr. da Água Branca, volta e meia estão falhando (altura do Supermercado Guanabara)
  • Realengo já conta com uma cooperativa que recolhe óleo de cozinha usado para reciclagem. Email: coop.realrj@gmail.com

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Coluna : ÉTICA E CIDADANIA

 O POVO E A MÍDIA

 O ano de 2011 começou com novidades no oriente médio. Mas precisamente no Egito onde uma combinação na dose certa. Um povo oprimido a décadas e uma mídia renovada utilizando a plataforma das redes sociais pois fim a ditadura de 30 anos de Mubarak.

Não vamos esquecer que foi preciso ao POVO sair de sua inércia e ir para ruas, mas para isso existiu um movimento da MÍDIA bem articulado para convencer a esse POVO a tomar as praças e até a perder vida para mudar um regime que há 30 anos lhe oprimia.

 Também aqui no Brasil, no Rio de Janeiro, na Cidade Maravilhosa e precisamente em Realengo temos novidades. Um jornal que irá ajudar as famílias residentes no bairro a perceber que muita coisa pode ser diferente. Mas não mudará apenas porque temos um jornal, pois também lá no Egito o regime não cairia só pela Mídia pelas redes sociais. O povo teve que ir às praças. Aqui também podemos ir às praças e veremos que muitas estão mal cuidadas. Veremos placas de obras que não perguntaram a nós moradores se eram tão necessárias. Veremos ainda faixas de vários políticos agradecendo a eles mesmo por obras que o dinheiro de impostos que pagamos e que a prefeitura faz em retribuição a quanto que pagamos e olha que o impostômetro anda subindo cada vez mais. Ano que vem teremos eleição para prefeito e vereador e você sabe em quem votou pela ultima vez para vereador, prefeito? Sabe quem foi o vereador que criou a taxa de iluminação que onerou a nossa conta de luz. Votaria nele para lhe representar na próxima eleição?

 O Realengo em Pauta será parceiro do povo que quiser mudar o lugar que moramos. Mas para isso os moradores do bairro devem sair da inércia e começar a lutar para melhorias no saneamento do bairro, nos transportes, nas ruas, nos acesso para pessoas com necessidades especiais. Nós vamos mostrar as diferenças entre a cidade da zona sul e da zona oeste. Suburbanos com orgulho sim, mas com muitas carências que cabe ao poder público melhorar e nunca… Nunca… Nunca ser feudo de ninguém. Queremos Ética e Cidadania para Realengo.  Queremos participar dos projetos que são destinados ao nosso bairro. Queremos sim melhorias para Realengo de Norte a Sul. Para Jardim Batan, Jardim Novo, Parque Centenário, Capitão Teixeira, Barata, Av. Santa Cruz, Estrada da Água Branca e Fumacê.

 Marcelo Queiroz

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Coluna: Terceira Idade – “ O VOTO INJUSTO “

 Quais serão as consequências de um voto injusto em pleito eleitoral? Ajude-me Deus a Saber.

Agora, que eu atingi a terceira idade, recordo das narrações do meu saudoso pai(*). Ele fora, na sua juventude, deputado e prefeito. Dizia sempre, que cada povo tem o governo que merece. Aprendera, no tempo de sua juventude, a seguir os sermões de Padre Antônio Vieira.

Vieira, num famoso sermão, relatado em Lisboa, no ano de 1650comentava: Que num pleito eleitoral, vota-se em um Governador, em um Senador, em Deputado, e que sucede?

Vota o eleitor no parente, porque é parente; vota no amigo, porque é amigo; vota no recomendado, porque é recomendado, vota vagamente no simpatizante, porque lhe é simpático; e os mais dignos e os mais beneméritos, porque não tem amizade nem parentesco, nem valia, ficam fora.

Agora, quisera eu perguntar ao eleitor que deu este voto, se lhe remordeu a consciência. Homem cego, homem precipitado, sabes o que fazes? Sabes que com isso te escreves réu dos males que fizer?

Oh! Grande miséria. Continua Vieira: Miserável é a República onde há tantos votos; mas os eleitores que neles votaram, são os mais miseráveis de todos. Se o que elegestes furta (não ponhamos em condicional, porque claro está que há de furtar); porque vosso voto foi causa de todos aqueles roubos. Oh! Juventude na nossa geração já dizia também, o ilustre Ruy Barbosa, “De tanto ver crescer as nulidades, o homem chega a desanimar de se honesto”. E afirmava que a justiça deve ser cega, mas também sábia.

Queira Deus que doravante a juventude abra os olhos. Atentai bem, jovens. É vosso futuro o porvir. Não repitam o que não soubemos administrar. A dignidade convive com a honestidade. Abdiquem, enquanto é tempo, da corrupção, que é um flagelo da humanidade.

(*) – Prof. Dr. José Silveira – Professor de línguas, tradutor público e atuou na politica do Ceará sendo Prefeito de Trairi (Cidade Litorânea) nos anos 20 e Deputado estadual nos anos 30.

                                                                            Armando Silveira

                                                                    É morador do bairro a mais de 70 anos.

Novo Viaduto em Realengo               Inauguração do início da Obra

 No dia 10 de fevereiro, o Realengo em Pauta acompanhou a visita do prefeito Eduardo Paes e seu secretário Alexandre Pinto ao nosso bairro para anunciar mais uma obra de sua administração, o NOVO VIADUTO. Num palanque improvisado sobre trilhos de trem, a visita teve o acompanhamento de diversos parlamentares e representantes locais, como o presidente da Associação Comercial de Realengo, Antonio Zaib, com uma pequena presença de moradores.

 Apesar da estrutura montada para a inauguração do inicio de obras, muitas perguntas ficaram sem resposta. A principal delas relativa à desapropriação de imóveis, sobre tudo o Espaço Cultural Jorge Benjor. Também ficou sem resposta a indagação sobre a melhoria no atual viaduto, que passará a funcionar em mão única no sentido Est. Água Branca – Av. Santa Cruz. Segundo o prefeito, a obra deve durar 13 meses, sendo prevista a inauguração para meados do ano 2012.

 Como a obra pouco foi discutida com a população e faz parte de um pacote que se completa com os viadutos de Inhoaíba e de Santíssimo, o Realengo em Pauta constatou neste dia que vários moradores discordam da prioridade da obra, tanto no tocante ao projeto em si, como no objeto de prioridade.

A briga das faixas dos “donos” da obra.

 Toda vez é assim, basta uma nova obra ser anunciada para vários parlamentares pagar para fazerem faixas onde se auto agradecem ao benefício que será trazido para região. Os moradores agradecem a Fulano ou Beltrano a benfeitoria no nosso bairro. Ninguém engana ninguém, pois os moradores estão longe de fazer faixas para agradecer quem muito ganha e pouco trabalha no legislativo. No caso do novo viaduto de Realengo não foi diferente. Foi só o prefeito agendar a inauguração do inicio da obra, para alguns parlamentares espalharem faixas de agradecimento a si mesmo. Teve caso até de político sem mandato querendo faturar o benefício que o bairro certamente terá com essa nova construção.

O engraçado no caso é que existem vários “pais” da obra, mas quando o projeto é para aumentar os encargos pagos para o contribuinte, como por exemplo, a taxa de iluminação pública, que não teve faixas ”agradecendo” ao autor do projeto.

Moradores dão sugestões de alternativas que acreditam sejam mais baratas e eficientes.

Pois infelizmente o poder público decide fazer uma obra, mas não ouvem a opnião dos moradores.

 E o Realengo em Pauta pergunta: De quanto seria a praticidade e economia com estes trajetos alternativos?

Alternativa IUsando a Rua Dr. Lessa.

Venho pessoalmente falando que a Rua Dr. Lessa é uma rua muito larga para ser somente de mão única, faz tempo que dei sugestões para a transformação dela em mão dupla, exatamente para melhorar o fluxo ao viaduto “velho”, e se agora acham que precisamos de um novo viaduto, ótimo então esqueçam a Marechal Soares de Andrea, que é estreita com fluxo já saturado, por ter escolas, comércio e residências, além de que um lado dela serve de estacionamento, sem contar na saída e entrada escolar em que os teimosos da fila dupla ajudam a complicar a já ruim situação. Então voltemos a esta rua larga e parcialmente inútil: Sugiro que na Dr. Lessa, entre a Av. Santa Cruz e a Bernardo de Vasconcelos, comece o acesso ao novo Viaduto, e parcialmente já entre a Praça do Canhão e o Campo do Marte, ele já faça uma pequena inclinação para a direita, ficando em posição reta pra já descer na Mal. Joaquim Inácio, (claro, detalhes técnicos são com os engenheiros).

O trajeto, já em fase de execução, não vai desafogar o trânsito que vem de Sulacap e da Vila Militar, que todos já conhecem e se aborrecem diariamente, pois a Rua Bernardo de Vasconcelos virou o único caminho no lado sul de Realengo, que vai a Padre Miguel, Bangu e já está completamente sufocado. Nesta sugestão alternativa proponho que o acesso ao novo viaduto seja por cima da Bernardo de Vasconcelos, diminuindo sensivelmente este trânsito. E quem viesse da Piraquara, iria até a Goulart de Andrade, contornando o complexo educacional Pedro II. Isso porque a Av. Santa Cruz deixou de ser mão dupla mesmo sendo uma rua que foi preparada no passado para ser ampliada (vejam as calçadas enormes em alguns trechos) com as construções na década de 60, já planejadas afastadas para este fim, mas isso é outro assunto.

Luiz Fortes (mora na Rua do Imperador- Lado Sul) – Luta pela união e progresso do bairro.

Alternativa II  Pela Rua Princesa Imperial direto a Av. Brasil, em mão única.

 Hoje a Zona Oeste vive um momento favorável, mas com cara de esquecimento, pois ainda existe um corredor olímpico pouco falado, a Transolimpica na Grota Funda e a TransOeste, que ligará a Barra com Deodoro.

 Mas hoje em Realengo temos ruas tomadas por desordem. Pegue como exemplo disso a própria Rua Princesa Imperial, que na sua entrada (atrás do Extra – antigo Sendas) já é fechada por um trailer secular, um córrego sem ponte, uma linha de trem, e por fim um rio também sem ponte, beirando a Av. Brasil, mas nossos governantes querem marcos históricos, menosprezando a simplicidade de duas pontes minúsculas sobre dois rios de igual grandeza, e um viaduto semelhante ou menor ao que Realengo já tem, o que economizaria muitos tostões para aplicação em recuperação ou construção de calçamento em passeios cobertos por mato, ou alargamento de vias nos dois lados de Realengo.

Pedro Claudio (Lado Norte)

  

  

DEPOIMENTOS (O Realengo em Pauta solicitou aos moradores opiniões sobre esta obra.) 

 – Você acha prioridade este novo viaduto?

Não, pois o viaduto antigo também precisa de melhoras, e alguns vereadores já estão usando esta obra para fazer campanha para 2012.

Deviam é melhorar os acessos na parte debaixo tanto para entrar na estação, quanto para as pessoas saírem evitando assim aquelas enormes escadarias, pelo menos no lado de acesso do antigo quartel de escola de equitação do exército.

A construção do novo viaduto é necessária, mas tem outras coisas mais simples que a Prefeitura não resolve, como os constantes alagamentos em torno da estação de Realengo quando chove, obrigando as pessoas a colocarem os pés naquela água suja para irem para suas casas, correndo o risco de contrair uma doença.

Cleber Rocha/Cohab/Realengo (Lado Sul) (Briga por melhoria no transporte no blog “Realengo quer transporte”)
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Eu, como morador do bairro de Realengo, vejo muitos problemas no bairro, que dificultam muito nosso dia a dia, por exemplo: O RIO CATARINO completamente esquecido e todo assoreado, causando inúmeros transtornos a Realengo e bairros vizinhos, com suas inúmeras enchentes parando o trânsito desde antes da Praça do Canhão até o bairro de Padre Miguel, enchendo nossas casas, colégios, hospitais etc.

Esse NOVO VIADUTO, pra mim, como morador, é uma obra importante, embora a gente nunca saiba como é o projeto, ou o desenho, ou leigamente falando, onde vai começar e onde vai acabar. Nos moradores do bairro de Realengo deveríamos ser os primeiros a saber os benefícios que essa obra trará; será que vai ser outro ELEFANTE BRANCO que andam fazendo em nossa cidade? Quem projetou essa obra mora em Realengo? Vai morar? Ou vai passar por aqui pelo bairro? Ou simplesmente fez um belo projeto que foi aprovado e pronto. Quem sabe  do que precisa em um bairro, são os seus moradores , por motivos óbvios. A obra desse NOVO VIADUTO deveria vir também acompanhada com uma nova estrutura de saneamento sanitário, iluminação, tratamento de esgotos, estacionamentos, áreas de lazer, regulagem de semáforos.

E tudo que é possível para uma melhor qualidade de vida para o bairro, seus moradores todos que por aqui passam. ACREDITO SIM NUMA MELHORIA SIGNIFICATIVA PARA REALENGO.

Almir Miranda (Mora na Bernardo de Vasconcelos perto do Rio Catarino – Lado Sul)

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 O viaduto é bem vindo sim, mas ele não é prioritário. O que se necessita no atual viaduto são obras para se melhorar o acesso a pessoas deficientes, pois não existem acessos para pessoas idosas e com problemas de locomoção que permitam o fácil acesso a plataforma, e saídas rápidas na parte baixa de cada plataforma, não havendo porque ir até a parte de cima.
No momento o que se necessita é de uma melhor fiscalização por parte da Guarda Municipal, PM, Sub Prefeitura, Região Administrativa e outros, para acabar com o ponto de moto taxi e Kombi em cima do atual viaduto, que vem causando grandes transtornos a todos os moradores, principalmente na parte da manhã e final da tarde, onde o fluxo é muito maior. Também existe a necessidade, como já aconteceu no passado, de se proibir acesso ao atual viaduto de autos com mais de dois eixos, pois as curvas em 90 graus não permitem autos de grandes proporções, e os acidentes são constantes, e quando não acontecem deixam um rastro de grandes engarrafamentos devido a ficarem empacados. Devem se utilizar do viaduto de Padre Miguel que é reto e não trás maiores problemas.
A prioridade no momento é acabar com uma injustiça causada pelo Rio Cidade, na gestão do Prefeito César Maia, que ao jogar as águas pluviais no já saturado, estreito e raso Rio Catarino, deveriam tê-lo feito para o Rio Piraquara, que é largo, profundo e não saturado. Com isso toda vez que chove a população da imediação deste Rio Catarino fica totalmente transtornada com o volume de águas que é colocado para fora, inundando toda uma região que vai desde a antiga 33ª DP /Comlurb /Gil Vicente, até toda a região da Vila Vintém e ruas adjacências como Marechal Bibiano Costalat, Marechal Modestino, Marechal Barbedo, Marechal Agrícola, Marechal Falcão da Frota, Marechal Marciano, Ruas Petrópolis, Recife, Belém, Manaus e muitas outras que ficam cheias de lama e tudo que advêm deste rio, como doenças e lixo. Isso afeta a mais de 20 mil moradores que sofrem com essa tragédia anunciada toda vez que chove, sem falar o transito que não passa de jeito nenhum, nos dois sentidos, nem para Padre Miguel, em para Magalhães Bastos.
Para se corrigir isso, deveriam fazer um desvio deste Rio Catarino, atrás da Universidade Castelo Branco, direto pela Rua Prof. Venceslau em linha reta até o Rio Piraquara. Não seria uma obra cara, fácil de se fazer e não causaria grandes transtornos, pois é uma rua secundária.

Luiz Carlos Chaves (Mora perto da Praça dos Cadetes –Lado Norte) 

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