Colégio Souza Lima rua Gen.Sezefredo fotos Marcelo Queiroz
Abandono material e descaso financeiro.
Imóvel em Realengo que foi durante décadas funcionou o Colégio Souza Lima, foi desapropriado pelo poder publico foi declarado de utilidade publica em 31 de março de 2022. Desde de então a Secretaria Estadual de Educação deixou o imóvel abandonado. Nos últimos meses o imóvel vem sofrendo a ação de vândalos que furtam tudo que é possível no imóvel. Da calçada do imóvel na rua General Sezefredo 646 é possível ver que todas as janelas foram furtadas e o prédio de utilidade publica vem sendo depredado, já que a Secretaria Estadual de Educação que desapropriou o imóvel pela quantia de R$ 4.741.580,00 (incluindo outros imoveis) não colocou a devida segurança para resguardar o investimento feito com dinheiro publico.
Cerca de Concertina danificada por vândalos fotos Marcelo Queiroz
s moradores do bairro estão assustados e quem passa pela rua consegue ver que a concertina foi danificada para facilitar o acessos dos meliantes que agem com o cair da noite e não são incomodados na ação de destruir o Patrimônio Publico que se tornou o imóvel. Como é um bem do Estado a Secretaria Estadual de Educação poderia acionar o Batalhão da região solicitando apoio par evitar a depreciação do imóvel comprado com o bem publico. Com a palavra o Governador Claudio Castro e sua secretaria de Educação Roberta Barreto.
Janelas do prédio do Colégio foram furtadas. Fotos Marcelo de Queiroz
Reprodução da Desapropriação. Foto RealaengoEmPauta
Reprodução da Desapropriação. Foto RealaengoEmPauta
Erika Carvalho, moradora de Realengo é a Musa da Unidos de Bangu.
A nutricionista Erika Carvalho, moradora do nosso bairro, fez sua estreia como Musa da nidos de Bangu no ensaio técnico na Marquês de Sapucaí em 2023, Erika que já foi passista da agremiação recebeu aplausos e elogios com seu charme e samba pé na tradicional passarela do samba!
Sua trajetória. Cheguei em Realengo aos 8 anos, morei na comunidade Light no Jardim Novo, agora moro na Rua Carumbé, fiz parte de projetos sociais, um deles foi da coreógrafa Vânia Reis, de ballet e jazz.
Eu estudei no CIEP Frei Veloso na Capitão Teixeira, também no Colégio Agostinho Cunha, como meia bolsa, Me formei em Nutrição que amo de paixão.
Samba no pé.
foto: Léo Cordeiro No mês de Janeiro rolou na Sapucaí o ensaio técnico da Série Ouro, a nossa Unidos de Bangu foi a segunda escola se apresentar promovendo a estreia da nutricionista Erika Carvalho como musa da agremiação, que demonstra a responsabilidade e sabedoria das mulheres do samba. Com seu charme e beleza encantou o público com seu samba.
“Tenho orgulho de representar minha Zona Oeste na avenida, fui passista da Bangu e hoje sou musa. E acredito que fato de uma mulher poder sambar não menospreza sua inteligência, força e sabedoria. Espero poder ser inspiração para milhares meninas negras, periféricas que sonham um dia ter sua profissão, mas que amam se divertir em suas raízes, seja o samba, funk ou charme”.
Assista ao vídeo
Erika diz que foi a primeira graduada de sua família:
Sempre curti essa vibe de cozinhar desde criança, ao terminar o ensino médio, cursei Gastronomia pelo Senac. Em 2013 comecei graduação de Nutrição e os diversos cursos pela Faetec, Fiocruz e outros. A única coisa que eu sei dizer é que a cozinha é o meu melhor ambiente, lá eu esqueço meus medos, traumas e tudo que me aflige.
A Secretaria Municipal de Cidadania leva o programa Cidadania Itinerante ao bairro de Realengo, nesta sexta-feira (15/07). A equipe estará na Rua Jaime de Carvalho, 240, no Ouro Negro, em Realengo, com vários serviços disponíveis para o cidadão, das 10h às 15 h.
Entre os serviços disponibilizados, a Fundação Leão XII, viabilizará a solicitação de segunda via de documentos, como certidão de nascimento, casamento e certidão de óbito. Haverá ainda assessoria jurídica e equipe da Light estará a postos para atendimento ao consumidor.
A equipe do Procon Carioca também estará presente à ação. Os consumidores interessados em registrar reclamações a respeito de qualquer empresa ou esclarecer dúvidas sobre seus direitos devem levar cópia dos documentos pessoais, além dos comprovantes de compra do produto ou do serviço contratado, como boletos e notas fiscais.
“O serviço itinerante Procon nos Bairros visa dar celeridade às ações para resolver o mais rapidamente às demandas do consumidores”, afirma Igor Costa, Diretor Executivo do Procon Carioca.
As queixas serão encaminhadas diretamente às empresas, que terão um prazo de dez dias para solucionar as questões.
“O objetivo de ações dessa natureza é ampliar ao máximo o acesso do cidadão aos serviços disponibilizados pela Prefeitura”, informa Renato Moura, secretário municipal de Cidadania.
O atendimento no programa “Cidadania Itinerante” está condicionado à distribuição de senhas.
O Jornal Realengo em Pauta e o Blog Pró-Realengo ouviram as mães, os moradores e o poder publico .
As mães pediram a prefeitura esta homenagem através da Associação de pais dos Anjos e a homenagem será inaugurada no dia 20 de setembro (domingo) as 09 horas da manhã, atrás da Escola Municipal Tasso da Silveira, na praça agora chamada “Anjos da Paz” , esquina das ruas Jornalista Marques Lisboa e Almirante Clemente Pinto.
De um lado a Associação sugere uma homenagem, do outro a prefeitura abraça a ideia, e no meio disso tudo o local não foi unanimidade entre nenhuma das partes. nem mesmo dos vizinhos que acham que a prefeitura deveria olhar para o local anteriormente, só lembrou desta praça agora.
Adriana Silveira, presidente da Associação dos Anjos de Realengo, nos faz um relato destes quatro anos de saudade junto com outras mães e parentes, a respeito da luta das mães dos Anjos de Realengo.
É uma luta desigual, mas a luta continua e contamos com o apoio da população que sempre esteve ao nosso lado, e continua mandando uma palavra de conforto uma palavra de carinho e isso tudo nos ajuda a se manter e pé, pois vivemos de altos e baixos e quando uma mãe está mais fraquinha vem outra e ajuda e vice e versa.
Hoje lutamos não mais pelos nossos filhos, mas pelos filhos de nossos amigos e vizinhos por todas as crianças de nosso país. Queremos o direito de botar nossos filhos dentro da escola e ter a certeza de que vamos voltar e pegá-los com vida, pois a situação da segurança das escolas está precária, os vigias e porteiros já foram retirados, ficaram durante três anos e agora todos já foram mandados embora, ou seja foi uma solução temporária.
A Homenagem aos Anjos, em forma de estátua.
E nós estamos pra receber uma homenagem em forma de estátua em tamanho real aqui em Realengo, e já que Realengo está pra fazer 200 anos, que possamos receber este presente, em uma praça digna, uma praça legal, onde nossas crianças possam ir, brincar com segurança. Mas estamos sem local definido, optamos pela Praça Piraquara que é uma praça de fácil acesso a tudo, é bem visível enfim, mas estamos enfrentando o dilema que a nossa prefeitura se recusa a cobrir parte do Rio Piraquara (atualmente o rio a divide). Assim ficaria uma praça única e mais segura, como já foi feito em outro rio no mesmo bairro, portanto é viável; juntamente com uma reforma, pois como hoje está nem podemos chamar de praça e sim logradouro público, tanto as crianças quanto os 200 anos do bairro merecem uma nova praça.
Hoje a gente pede isso à prefeitura do Rio de janeiro, ou mesmo que a iniciativa privada abrace esta causa e adote a praça fazendo as reformas necessárias. E as empresas poderiam se valer de incentivos fiscais.
O Jornal Realengo em Pauta (JRP) e o blog Pró-Realengo (BPR), a convite da presidente da Associação de Pais e Amigos dos Anjos, Srª. Adriana Silveira encontrou-se com o Chefe de Gabinete do Prefeito, Luiz Henrique David de Sanson, onde foi sugerido que uma pequena parte da Praça Piraquara fosse feita uma cobertura do Rio como foi feito no Rio Catarino, na Rua Luiza Barata, que em sua quase total extensão da rua ele é coberto e constam alguns mobiliários urbanos sobre o mesmo.
No dia 5 de março de 2015 em plena Praça Piraquara, conversamos com o Sr. David.
Quando chegamos, o Sr. David já estava conversando com a Srª. Adriana e outras mães.
-A Prefeitura está fazendo 70 Clinicas da Família, 130 escolas, a gente tá fazendo Transolímpica, Transoeste, tem Olimpíada, a gente está num momento de gestão… é complicado não faz sentido nenhum, cobrir um rio pra fazer uma praça dos sonhos, fazer uma praça “Maravilhosa”.
Adriana- interveio : Fazer uma praça decente…
Sr. David: A praça vai ser decente…não há a menor hipótese de se cobrir um rio…Pô, Adriana na boa, cobrir o rio pra fazer uma praça dos sonhos, uma praça maravilhosa, já tenho falando isso a um bom tempo com vocês…
Neste momento o administrador do blog Pró-Realengo, convidado pelos anjos de Realengo, dirigiu a palavra ao Sr. David, com o celular em punho, e este lhe perguntou: “Tá Gravando ? Então me avisa quando estiver me gravando?”
Neste momento o Sr. (Luiz Fortes), representando o Pro Realengo e o Jornal Realengo em Pauta, confirmou: “estou gravando, comecei agora a pouco, quer que eu apague, e recomece?”
Nós somos do blog Pró-Realengo, e do Jornal Realengo em Pauta, e a gente faz uma cobertura aqui no bairro. Ecoando as Reivindicações dos moradores e não é a nossa palavra, é sim os que os moradores externam.
RP/PR: Praça Piraquara – Então hoje em dia nós temos duas meias praças, por que o rio corta ela ao meio, então não temos praça nenhuma e sim duas meias praças, as reivindicações delas nós achamos interessante, e vimos que isso já foi feito lá no Rio Catarino, na Rua Luiza Barata onde o rio foi transferido para a rua, pois originalmente o rio era na Rua Helianto [neste momento ele chamou um assessor chamado João e se desculpou pois infelizmente tinha que chamar quem conhecesse; [repetimos para que entendesse a conversa]
E vimos que isso já foi feito, foi mudado o curso para ele vir para a Rua Luiza Barata, e lá ele foi parcialmente coberto, passa carro de um lado, passa carro de outro e na parte central onde passa o rio atualmente, está canalizado bonitinho com alguns brinquedos, algumas partes de caixa e visita, que tinha grade (passei antes de vir para cá e constatei que sumiram. Roubado?)
O Sr. João interveio e explicou que o rio passava na verdade nos fundos das casas e a Rio Águas aprovou o desvio do rio…
Sr. David complementou: Só para te falar Luiz, não é inviabilidade técnica é demanda de recursos, então assim só para gente entender. Essa explicação toda, dada por você é pra poder mostrar pra gente que seria viável fazer uma coisa similar que foi feita lá atrás , isso é ponto pacífico a gente tem essa clareza, agora aqui agora o que não podemos permitir é que se crie a expectativa de se fazer uma cobertura do rio pra você unificar a praça é um projeto maravilhoso.
Mas que hoje nós não temos condição de fazer isso.
Não é viabilidade técnica obviamente, teria de se fazer um estudo ambiental, pra poder saber…Estou aqui tomando frente sem saber se poderia ser feito ou não. Eu acredito que não teria obstáculo, que no caso e a demanda de recursos, e o que eu estou entendendo, o pleito aqui não é só da Associação Anjos de Realengo, é um pleito também dos moradores que se faça uma praça unificada, e o que eu estou colocando enquanto Poder Público, aqui é o seguinte, a gente tá fazendo uma série de investimentos na cidade, então tá num período de contenção de gastos mesmo.
Então se você me perguntasse. Ah David, quanto custaria pra fazer a cobertura do rio?
Não é uma intervenção simples, a gente não vai chegar aqui e unificar as duas praças, é uma obra pesada que vai demandar recursos, há uma expectativa enorme com isso e ao mesmo tempo se cria uma frustação a gente fala que não vai fazer, e não necessariamente o fechamento do rio é determinante para se ter uma praça bem feita.
A gente pode fazer um belo projeto, uma bela reforma unificando as duas praças. A ponte está muito feia? Beleza! A gente faz uma melhora nessa ponte, não significará que a gente precisa cobrir o rio. Só acontecerá um projeto bacana se a gente cobrir o rio? Não, não é verdade!
RP/PR: Nesse momento intervimos dizendo que não era cobrir o rio e sim parte dele no máximo 30 metros.
David: É cobrir o rio…
RP/PR: Para nós, cobrir o rio é cobrir o rio todo, estamos falando de uma pequena parte da praça, só na parte central dela. E você está falando que não tem recurso da Rio Águas?
David: Não é questão de não ter recurso. Recurso a prefeitura tem, só que a gente é gestor, então é assim… Não estou falando que a prefeitura não tem dinheiro pra fazer essa obra, obviamente tem!
Agora você tem o orçamento familiar, você controla ele, dentro das suas prioridades.
RP/PR: Nós íamos contestar que na Praça Guilherme da Silveira (Bangu), estão construindo uma pista de Skate de Zona Sul, o projeto é o mesmo projeto da Zona Sul, maravilhoso diga-se de passagem, mas é a Secretaria de Esporte.
David: Que bom que está acontecendo um investimento desses, com padrão Zona Sul aqui na Zona Oeste. A gente tá fazendo licitação de 60 clínicas da família, 70% ou 80% delas ficarão aqui na Zona Oeste.
RP/PR: É onde vocês tem mais votos!
David: Não é questão de mais votos. Voto é consequência, ele não é causa. A verdade é que tínhamos uma Zona Oeste abandonada e é a população da cidade do Rio de janeiro, que mais precisa de atenção. Na Zona Sul, só precisa de manutenção ela está toda pronta.
A nossa proposta aqui como Prefeitura é fazer uma reforma legal na praça, entregar uma praça a população a comunidade. Agora sem essa cobertura do rio. Temos de jogar com a verdade, pois não vou ficar criando expectativas que a gente não vai conseguir corresponder.
Adriana Silveira: Qual é a proposta?
David: Gente uma reforma na praça e a implantação do monumento. Se não atende, a gente busca uma outra alternativa de uma praça na região. Simples.
Adriana Silveira: Não é a Associação, é a população. Não tem praça para as crianças, não tem um lugar legal pra ficar, aqui seria o ponto que todo mundo viria.
David: Adriana, Adriana … Concordo e a praça vai existir a partir da reforma.
Tem um projeto? (Perguntou outra mãe que estava presente.)
David: A gente elabora um projeto. É isso que a gente vai discutir agora excluindo de qualquer discussão a cobertura do rio. Ah, vamos botar uma ATI (Academia da Terceira Idade), vamos botar um Play Ground, vamos botar um balanço, vamos fazer isso, vamos fazer aquilo. A gente abre para uma discussão. Agora cabe a nós enquanto gestores é poder ter isso claro.
Vejam o vídeo com reclamações dos moradores das ruas próximas onde será colocada a homenagem. Eles são contra a escolha do local.
Independente desta polêmica toda, nós como midas voltado para o bairro e que sempre se preocupa em valorizar o bairro, vê com imenso orgulho receber obra de tão renomada artista, com prestigio internacional no ano em que o nosso bairro comemora 200 anos.
Cristina Motta artista renomada internacionalmente é a autora da obra.
Cristina Motta- Autora da obra
Artista plástica Christina Motta, criadora de diversas obras tais como as esculturas de Brigitte Bardot e dos pescadores no mar, em Búzios. Além disto tem trabalhos destacados, como a escultura de Juscelino Kubitschek, e a de Chico Mendes, em Rio Branco, Acre. Christina é referência no Brasil e no exterior. Tem trabalhos expostos em São Paulo (como o “Paulistano”, no Parque do Povo), na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Holanda, no Japão e em diversas cidades brasileiras. Na cidade do Rio, são suas criações as esculturas do Tom Jobim, Cazuza, Carmem Miranda e Tim Maia .
O Jornal Realengo em Pautae o blog Pró-Realengo foram juntos conhecer o novo trabalho do Maria Realenga, que valoriza a cultura em nosso bairro.
Entrevistamos Sidnei Oliva Coordenador Geral do Coletivo Cultural Maria Realenga que tem por objetivo enriquecer e agregar valores culturais e incentivar os artistas locais, tendo em vista que nosso movimento sociocultural tem por objetivo, organizar, produzir, divulgar e fomentar as diversas manifestações sociais e culturais da região.
Pro.Realengo /Realengo em Pauta: Senhor Sidnei, fale para nossos leitores: O que é o MariaRealenga como surgiu e Qual seus objetivos?
R) O coletivo surgiu após o luto e a reflexão sobre o que fazer diante da tragédia da escola Tasso da Silveira onde o bairro ainda vive o luto pela perda de 12 adolescentes.
Nosso objetivo é diluir o estigma de bairro tragédia promovendo, produzindo, divulgando e fomentando as variadas expressões artísticas do bairro mediante saraus culturais.
PR/RP: O que podemos fazer além?
R) Fizemos três saraus, uma feira literária e dois eventos enaltecendo o Choro e doze vozes femininas do bairro,
PR/RP: Vocês tem apoio oficial para os eventos?
R) Pensamos em fornecer apoio logístico e humano as ações apresentadas nos saraus, ministrar oficinas e workshops culturais nas comunidades representadas nos eventos e ampliar nosso vínculo com as comunidades locais.
PR/RP: O que as ações promovem no bairro?
R) Resgatam a autoestima do Realenguense, fomentam projetos engavetados por falta de espaço para exposição e divulgam artistas renomados e anônimos do bairro.
PR/RP: Quem são os personagens do coletivo?
R) Sidnei Oliva – coordenador geral
Sergio Martins – Feira literária
David Souza – Memoria Cultural
Renata Oliveira – Secretaria
Luiz Damião – logística
Vandré Luan – produção musical
Carlos Maia – teatro
Rogerio Rodrigues – artes circenses
Jorge Torres – divulgação..
Estivemos presentes em diversos eventos produzidos, por eles, e tivemos a oportunidade de conhecer inúmeros artistas de diversas vertentes e com grande valor cultural e desconhecidos da grande parcela da população de Realengo e adjacências.
SERVIÇO:
Sarau Cultural em Terras Realengas? – com coletivo Cultural Maria Realenga.
Dia: 15 de Agosto a partir das 19hs. / ENTRADA FRANCA
REP: Como é sua chegada a esse cargo de vigário episcopal, como o senhor recebeu a notícia de estar sendo elevado a esse cargo e qual são seus planos pro vicariato?
VIGÁRIO: Bom, eu tenho seis anos de padre; nesses seis anos dois anos trabalhei no Seminário São José como formador do grupo de Filosofia e nos outros quatro anos trabalhei aqui na paróquia São Francisco de Assis, no bairro Senador Camará. Desde que cheguei aqui a gente tem feito um trabalho de comunhão. Fui vigário forânio da 3ª forania do vicariato por dois anos; depois de cumprir meus dois anos, me ausentei, e fazendo um trabalho de comunhão com clero do oeste, um clero que por sinal era muito grande, porque compreendia muitos bairros da Zona Oeste, e havia essa intenção por parte dos padres pra facilitar o trabalho de comunhão, que houvesse uma divisão vicarial, e uma vez que havia quase que um consenso nessa realidade pra facilitar o trabalho, a gente vinha nessa expectativa até que na última assembléia que tivemos de todo o antigo Vicariato Oeste reunido, ouve uma eleição, não tanto uma eleição, uma indicação, que é a escolha do Bispo, indicação de 3 nomes pra que o Bispo pudesse escolher entre esses ; pra minha surpresa, foi uma surpresa eu realmente não contava que isso pudesse acontecer. O bispo, naquele mesmo dia, me ligou pedindo pra eu assumir esse novo trabalho. Digo surpresa porque sou novo, recém-chegado no vicariato, ainda assim o Bispo achou que pudesse desenvolver, e eu disse meu sim pra esse trabalho; a expectativa de trabalho é grande somos agora 27 paróquias que compreendem os bairros de Senador Camará, Bangu, Santíssimo, Realengo, Padre Miguel, Magalhães Bastos, e a Arquidiocese do Rio tem proposto sempre inúmeros trabalhos de evangelização e de missão. A a gente espera que com esse número mais reduzido de paróquias a gente possa desenvolver com mais perfeição e atingir os objetivos que a Arquidiocese espera com essas propostas de trabalho, principalmente no que diz a respeito a missão e evangelização.
REP: Recentemente ouve a cisão do vicariato, onde o vicariato (antigo) oeste ficou com 27 paróquias e o novo vicariato, o de Santa Cruz ficou com um maior número de paróquias e vai ser comandado pelo Padre George Bispo. Como o senhor (que está chegando agora) vê essa cisão do vicariato, qual a proposta apartir dessa cisão; tornar mais operacional a estrutura dos vicariatos?
VIGÁRIO: Sim, sem duvida favorece o trabalho. O vicariato com sete foranias como era anteriormente, 60 e tantas paróquias, nós moramos em uma cidade grande em que a nossa locomoção não é favorecida, os nossos encontros de formação sofriam com isso. A intenção é tornar tudo mais acessível. Fazer o acesso ser mais fácil pra todos os membros paroquiais, coordenação, principalmente no que diz respeito à formação; se a gente tem alguma atividade com interesse formativo pras nossas comunidades, nossas pastorais, a gente tem como viabilizar isso melhore e trabalhar com uma quantidade menor de pessoas.
Declaração de Tania Lopes (irmã do Jornalista Tim Lopes).
RP: Como você vê a situação no Rio de Janeiro, onde nós temos tragédias diferentes; queríamos que você falasse um pouco sobre isso.
TÂNIA LOPES: Eu acho que nós, pessoas de bem, que buscam a paz e a segurança, temos a nossa indignação sendo desafiada o tempo todo. Precisamos continuar nos indignando pela perda dos nossos jovens, das nossas crianças. E é uma situação quase que diária, cotidiana, que não pode se transformar numa coisa natural. Atos como esses, onde lembramos das mortes dos anjos de Realengo, Servem para sensibilizar o Estado, o governo, pra que a gente tenha a segurança nas escolas, um cuidado na questão dos defensores de direito, de educação, que são os nossos professores. É uma gama de situações seríssimas que precisam ser evitadas pra que essas situações não voltem a acontecer.
Depoimento do Padre Núbio (pároco da igreja São José de Magalhaes Bastos)
RP: A Igreja é presente em todos esses momentos a presença da família junto às famílias dos doze anjos de Realengo. Como o senhor define essa presença, junto a essas famílias, mesmo muitos que não são católicos?
PADRE NÚBIO: Muito se questiona, quando acontece uma se acontece uma atrocidade, um incidente que comove a população dessa forma, onde está Deus nisso tudo? E muitos não percebem que Deus está logo ali, junto com as famílias. Então a Igreja mais do que nunca – e ainda mais a Campanha da Fraternidade esse ano vem lembrar isso – “A Igreja e a Sociedade”, a Igreja deve estar mais preocupada com as coisas da sociedade, com o sofrimento do próximo, não pode se manter numa posição à parte, ela tem que estar junto, tem que estar buscando o conforto, injetando esperança nos corações para que eles não venham a desanimar ou que o quadro não venha a piorar. Desde o início a Igreja se preocupou com essa questão dos doze anjos de Realengo, porque além de serem crianças aqui do nosso bairro, onde a Igreja Católica é bastante atuante. Além disso, eram jovens que participavam das nossas paróquias. Pelo menos temos a informação de que dos doze, quatro eram coroinhas, inclusive dessa Paróquia Nossa Senhora de Fátima e São João de Deus. Então mais do que necessária era a presença nossa. O nosso cardeal D. Orani Tempesta foi uma das primeiras autoridades a chegar no local, no dia do acontecimento, junto com a Doutora Marta Rocha, para consolar as famílias ali na hora. Então sempre que precisarem, nós vamos estar aqui representando a Igreja, representando esses doze jovens, que eram crianças que nós já consideramos nossos anjos, que intercedem por nós lá no Céu.
Ao final Padre Flávio pároco da paróquia Nsª Fátima e São João de Deus, onde foi celebrada missa de quatro anos dos anjos de Realengo.
RP: Gostaríamos de saber como o senhor vê esse momento, de dor e de saudade, e como é a presença da Igreja junto com essas famílias.
PADRE FLÁVIO: Eu procuro ser uma pessoa muito atenta. Assim que eu vi esse problema na escola, há 4 anos, eu liguei aqui pra paróquia, pra me inteirar do ocorrido. E hoje, Deus quis que eu estivesse aqui celebrando essa missa, sendo pároco da paróquia da região. É uma missa que a gente celebra com o coração apertado, triste, mas ao mesmo tempo, cheio de fé e esperança. A gente precisa unir as pessoas de bom coração, pra lutarmos contra essa violência que toma conta do mundo todo, do Brasil, do nosso Rio de Janeiro, que é uma cidade muito bonita, mas a violência está presente no coração do ser humano, e a gente precisa tirar todo esse sentimento ruim, e preencher com o amor, a paz, a misericórdia, lutar com muita determinação, e não desistir. A gente não pode desistir da paz, do amor. A gente precisa unir forças pra celebrar a vida, e tornar o próprio dia-a-dia algo melhor.
Realengo está fazendo aniversário e não é um simples aniversário; junto com ele festejamos também a alegria de fazer parte desse bairro. Quando vim morar em Realengo, há 28 anos, trouxe comigo a esperança de reconstruir a minha vida, vida essa despedaçada, triste e amargurada. Encontrei aqui nesse lugar o acolhimento que tanto precisava para renascer e fazer ressurgir um novo tempo, tempo de esperança e realizações.
Aqui encontrei o amor e a confiança para realizar meus sonhos acalentados por muitos anos. Foi em Realengo que fiz amigos, terminei de criar minha filha, aqui nasceu meu filho, conheci meu amor, plantei árvores e escrevi livros. Realengo é um bairro muito especial, apesar da idade ainda falta muita coisa a ser conquistada para que seus moradores possam viver com tranquilidade.
Precisamos da construção de mais escolas e que elas tenham segurança para os nossos filhos estudarem e serem homens de bem, postos de saúde, médicos. Necessitamos de mais linhas de ônibus direto para o centro da cidade, local de trabalho da maioria dos seus moradores. Enfim, precisamos ainda de tantas coisas que precisaria um espaço maior para citar.
Vou ficando por aqui com a certeza de que um dia veremos nosso bairro sendo citado pela mídia como o melhor bairro para se viver no Rio de Janeiro, lugar de gente humilde, corajosa e trabalhadora. Porque quem faz o lugar é o povo que vive nele e aqui vive um povo cheio de esperança e confiante de que os seus sonhos não são UTOPIA.
Escritora do Jardim Novo
Carminha Morais
Autora dos livros: Ministério Abba Pai, Felicidades se constrói em doses homeopáticas, Onde anda você? Vidas entrelaçadas pelas linhas do tempo, Simplesmente por Amor, Muito Além das Estrelas, Estou de Olho em Você, O Trem da Minha Vida, e os Contos e Afins.
OPINIÃO:
Por Luiz Carlos Chaves
Eis que é chegado o Outono… E que bom que o verão se foi, deixando pra trás todas as camisas suadas, e o mal-estar de dias muito quentes, com temperaturas em torno de 50 graus. Já não aguentava mais aquele calor brabo, logo eu, que na juventude, fui rato de praia, chegava cedo e saía quase ao anoitecer, com um gosto de ainda quero mais, com muito frescobol, mergulhos para refrescar e tirar o cansaço, e a competição de pegar um Jacaré até a areia. Foi bom demais… Adorava o sol, como forma de ficar bronzeado, e ficar bonitinho para as menininhas… Essa fase passou, e hoje curto mesmo é um bom papo, com aquela pessoa do bem, de bom humor e alto astral, que me faz rir de tudo ao meu redor, e com muita sombra e água fresca, sem esse calorzão que já se foi com o Verão…
Mas nesses dias, o tom da conversa tem girado sempre em torno de um assunto, que muitos de nós estamos deixando de lado, e que é pra lá de fundamental para nós moradores deste bairro. Falo do Rio Catarino, e tudo que ele nos causa em dias de chuva forte. O Rio Catarino é um rio estreito, raso e saturado, e jamais poderia ter recebido as obras do Rio Cidade, onde as águas pluviais, do lado da Av. Santa Cruz, foram jogadas para esse Rio. Elas deveriam ter sido jogadas para o Rio Piraquara, que é largo, profundo e não saturado.
Por motivo de economia porca, e a falta de um estudo de impacto, o Catarino recebeu, no final de 1999, as águas advindas da chuva, numa ligação em frente à Universidade Castelo Branco, e depois desta ligação feita, aliada à ignorância das pessoas que teimam em jogar lixo nos rios, os transtornos que ficaram, são enormes, causando danos a uma grande população, que fica rezando para não chover forte, pois toda uma região fica inundada, desde a Av. Santa Cruz, em frente a Universidade Castelo Branco, Rua Bernardo de Vasconcelos, onde ficam a Comlurb, e os Colégios Coronel Corcino e Gil Vicente, e a estação de trens de Realengo, até a Av. Brasil, quando finalmente se encontra com o Rio Marinho e continua seu curso para o Estado do Rio.
Mas, o maior transtorno causado, é na Favela do Vintém, que fica com muita lama e sujeira, e todas as ruas próximas também ficam sujas e alagadas, como a Estrada da Água Branca, Rua Petrópolis, Rua Recife, Rua Marechal Falcão da Frota, Marechal Agrícola, Marechal Marciano, Rua Barão Triunfo e muitas outras… Uma verdadeira tragédia.
Existem muitas soluções para essa burrada que foi feita no Rio Cidade, e cito uma solução como exemplo de tantas outras, que é rasgar a Rua Professor Venceslau, atrás da Universidade Castelo Branco, em linha reta, direto, colocando manilhamento até o Rio Piraquara, que é como a obra do Rio Cidade deveria ter sido feita, numa obra de aproximadamente 1 quilômetro, para esvaziar um pouco do volume do Rio Catarino. Mas o que falta mesmo para acabar com esse problema nefasto é vontade política, é vontade de acabar com o sofrimento de quase 20 mil pessoas que são atingidas toda as vezes que chove forte. Isso só terá fim, quando a população for para as ruas, e cobrar do Governador e do Prefeito o fim deste sofrimento.
Como somos um povo acomodado e sem culhões, vamos viver essa tragédia anunciada, ainda por muitos anos, a não ser que apareça um ser que torne possível a sensibilização da grande massa deste local, botando o bloco na rua, com faixas, e tudo que se puder fazer para causar transtorno e chamar a atenção, e que se cobre de maneira efetiva, as obras necessárias, para dar fim a essa esculhambação de falta de vontade em dar fim ao sofrer dos moradores de Realengo, por onde o Rio Catarino passa.
Luiz Carlos Chaves
Mas a solução fica difícil pois não se tem onde colocar uma placa de realização da obra, porque é debaixo do chão, e por isso os políticos não serão reconhecidos, e não se esforçam para concretiza-la, daí a dificuldade em se fazer uma obra, e não ser lembrado pelo feito. Isso é uma “Vergonha”… Com a palavra os políticos da Região Administrativa, Sub Prefeitura, Vereadores e deputados da Zona Oeste.
A UPP BATAN comandada pelo Tenente Ronald Carvalho fez a festa de Páscoa para as crianças no Batan e distribuiu ovos de Páscoa tanto no Batan como no Conjunto Água Branca (Fumacê).
Segundo o Comandante, a festa realizada na sede da UPP foi aberta para toda a comunidade, mas são as crianças que já fazem parte das atividades esportivas que se fizeram mais presentes. Além da piscina, as crianças tiveram também um pula-pula para brincarem antes de receber bombons, ovo de páscoa e bolo.
Integração entre crianças da comunidade e filhos de PM
A UPP BATAN mostra-se no caminho certo. Na festa da Páscoa conversamos com a soldado Machado que estava com sua família na festa. Ela nos conta que sempre leva seu filho de 13 anos e agora sua filha menor nas festas realizada pela UPP. Para a soldado isso é o maior exemplo da confiança que a equipe tem no projeto de pacificação.
Foz Água 5, presente na Festa da UPP Batan
A Foz Água 5 esteve presente na Festa da UPP Batan. Segundo Antônio Pimenta, representante da concessionária, a integração é importante, pois a empresa quer participar da transformação da sociedade – assim com também é o objetivo da UPP, nas palavras de seu comandante. Para Antônio, esta é a oportunidade para explicar sobre o que está acontecendo num momento em que tantas obras estão sendo feitas, com o objetivo de instalar a rede de esgoto, não só no Batan, mas em toda Zona Oeste. Na festa, houve explanação sobre o uso da água e distribuição de brindes para as crianças, bem como de ralos que evitam que os resíduos sólidos passem para dede de esgoto.