Melhor Idade: Oi, MOÇO…

Não me perguntem quantos anos tenho, e sim quantas cartas eu recebi e enviei.

Se mais jovem, se mais velho…

O que importa, se ainda eu sou um fervilhar de sonhos,

Se não carrego o fardo da esperança morta.

Não me perguntem quantos anos tenho, e sim, quantos beijos eu troquei – beijos de amor.

Se a juventude em mim ainda é festa, se aproveito tudo a cada instante e se bebo da taça gota a gota. Ora então pouco se me dá que gota resta.

Não me perguntem quantos anos tenho, mas, queiram saber de mim se criei filhos, queiram saber de mim que obras eu fiz. Queiram saber de mim que amigos tenho e se alguém, eu pude, tornar feliz.

Não me perguntem quantos anos tenho, queiram saber de mim que livros li… Queiram saber de mim por onde andei, queiram saber de mim quantas histórias, quantos versos ouvi, quantos cantei.

E assim, sempre assim, todos vocês, por mais brancos estejam meus cabelos, por mais rugas que vejam no meu rosto. Terão vontade de chamar-me: Oi moço…

E ao me verem passar aqui… Ali… Não saberão ao certo, a minha idade, mas saberão por certo, que eu vivi… Contei meus anos. E descobri que terei menos tempo para viver daqui pra frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro. Não faça como tantos, que se sentem velhos porque tem 70 anos e esquecem que Moises comandou o êxodo aos 80… “Só há que caminhar perto de coisas e pessoas de verdade”.

ARMANDO SILVEIRA

Armando Silveira – morador do lado sul

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