Entrevista com Bruno Pereira Voghoan, administrador da sub-sede Piraquara, vertente norte do Parque Pedra Branca.

UB 047

Administrador Sr: Bruno

Bruno Pereira Voghoan, administrador da sub-sede Piraquara, vertente norte do Parque Pedra Branca.

 

RP: Quais atrações que a sub-sede oferece aos visitantes?

BV: Temos o Aqueduto que liga o Guandu até o Jardim Botânico, na Zona Sul, que tem três pontos visíveis: Viegas, aqui na sub-sede Piraquara, e na Estrada do Catonho. Por cima dele, quando o tempo está aberto é possível ver o Dedo de Deus, abaixo dele temos a parede de escalada artificial onde é possível fazer rapel. Temos duas piscinas naturais que agora por falta d’água, estão quase não existindo, já que estão com a vazão bem diminuída devido à falta de chuvas. Temos o parquinho para crianças com alguns brinquedos e as trilhas que existem no parque todo, Aqui temos três principais trilhas principais. Temos o livro de trilhas, e as pessoas podem procurar os guardas parques para fazê-las.

RP: Como é feita a segurança no Parque?

BV: Especificamente temos a Polícia Ambiental e o grupo de guardas parques. Melhorou bastante com a vinda da Polícia Ambiental, reduzindo muito o consumo de drogas, que era relatado por moradores antes da reabertura do parque.

RP: Nossa reportagem viu resíduo (lixo) que polui o parque. Existe algum trabalho de conscientização para os frequentadores?

BV: Temos placas indicativas para atitudes que não gostaríamos de ter aqui no Parque. O principal para nós é não colocar fogo. Não fazer churrasco, acender vela. O trabalho também dos guardas parques que procuram alertar sobre tudo para lixo e não permitimos garrafas de vidros ou animais domésticos que são proibidos em todo o parque e não somente na sub-sede Piraquara.

RP: O acesso ao parque é difícil, sem uma linha regular de transporte público. Qual o porquê de não se poder adentrar o parque de automóvel?

BV:  É uma determinação antiga até por não ter espaço físico para estacionamento. O que acontece desde 2 anos atrás é um movimento de 800 pessoas, e no sábado ou domingo cerca de 1000, não havendo espaço para todos. A autorização é para pessoas com restrições de locomoção. Nossa entrada de 450 metros faz parte da caminhada. Houve caso até de a ambulância da Samu teve dificuldade de entrar devido a carros estacionados na entrada do parque.

RP: E bicicletas porque são proibidas?

BV: Não. Bicicletas são permitidas sim e o parque tem um Bicicletário. A proibição quanto a bicicletas é somente nas trilhas para evitar a degradação das mesmas.

RP: Quais são os maiores problemas quanto a depredações que acontecem no parque?

BV: As maiores degradações são as pichações e os atos de vandalismo como a depredação de torneiras e ouros equipamentos do parque.

RP: Por ser uma área verde, vocês sofrem com focos de incêndios, nos fale sobre isso?

BV: Os focos de incêndio aconteciam de junho a setembro, hoje com as mudanças na natureza e a diminuição das chuvas e estamos indo para segundo ano com focos de incêndio nos meses janeiro e fevereiro numa época que sempre foi de chuva e quase não tínhamos incêndios. Praticamente estamos tendo um ano de focos de incêndio.  E este vertente norte, aonde as nuvens de chuvas não chegam, param na outra vertente, sendo a vertente norte mais quente e mais seca. O combate ao incêndio é cansativo e o acesso ao foco de incêndio também é cansativo, pois levamos um saco postal com 20 litros e mais o abafador. Acontece muito incêndio criminoso, sendo que balão diminuiu bastante, a maioria dos focos hoje em dia é resultante da queima de lixo ou de solo, para troca de plantação.

RP: E quanto a invasões a área do parque tem ocorrido?

BV: Não só nesta área da sub-sede como na área do parque todo, temos pontos específicos como Vargem Grande, Rio da Prata, aqui em Realengo tem acontecido bastante e recentemente tivemos na Boiúna, que teve repercussão na imprensa.

O Administrador Bruno Vogan nos informou que depois do Carnaval haverá obras, que já estão em andamento em Camorim, com várias reformas na sede e nos equipamentos do Parque.