Desocupações para construção do Parque Realengo Verde.

O dia 06 de dezembro ficará marcado para as pessoas da comunidade Santo Antônio, popularmente conhecido como Ideal em Realengo. Bem cedo guarnições da Guarda Municipal e equipes da SEOP chegaram com maquinas para derrubar as lojas comercias na Rua General Raposo. A ação tem como finalidade as obras do futuro Parque Verde de Realengo. Todos foram tomados de surpresa, pois apesar do aviso no dia 28 de Novembro, de uma desocupação imediata, os comerciantes tiveram no local a presença do vereador Dr. Gilberto. O vereador fez ligações e garantiu que a desocupação só aconteceria em Janeiro, após as festas natalinas. Apesar das construções estarem irregulares a muito tempo, o poder publico poderia ter a sensibilidade de dar um prazo de 30 dias para que os comerciantes pudessem deixar o loca com dignidade.

Mais ainda, numa ação mais social fazer o cadastramento para que os mesmo pudessem ser alocados dentro do projeto do parque verde, que inclui um comercio externo próximo da área que foi desocupada. Neste momento de crise a prefeitura poderia atuar com mais solidariedade com esses comerciantes. Alias a falta de comunicação com a população de Realengo vem sendo a marca da Prefeitura de Eduardo Paes com bairro. Lembramos sempre que a luta pelo Parque Realengo Verde vem de décadas e o anseio da população é por um projeto que traga benefícios para a população do bairro. Conversamos com um membro da comissão dos comerciantes que nos contou seu drama.

Realengo em Pauta: Estamos aqui com um morador do Ideal, falando em nome da comissão sobre a situação da demolição dos prédios aqui feita pela prefeitura do Rio, no entorno do futuro Parque de Realengo.

Morador: Então o que aconteceu recebemos a notificação no dia 28 de novembro, para a demolição imediata, mas acontece que houve uma conversa entre as partes entre vereador, advogado e chegou até o nosso ouvido, mas não foi nada oficial, nada por escrito formalmente que a demolição só iria acontecer em janeiro, ai seguramos mais um pouco ai muitos comerciantes saíram desesperados eu não segurei um pouco mais, trabalhei mais uma semana, quando é o dia de hoje a prefeitura veio demolindo tudo derrubando senhor o tudo não dando nenhuma explicação pra gente, não deu uma satisfação não saímos com dignidade, eu sou a favor do parque de Realengo, vai trazer muito benefício pra comunidade, pra área em torno em geral até porque esta Rua Pedro Gomes onde está localizado o parque e nosso comercio é uma rua que

enche, tem muita enchente nesta rua, então vai ser beneficiada a comunidade esta rua, por que vai passar umas galerias onde não vai haver mais estas enchentes. Mas em contra partida é que estamos no início de dezembro, muitas famílias vão ficar sem amparo nenhum, pais de família desempregado, eu como comerciante também vou ficar sem ter como ganhar meu pão e sustentar minha família, não sei se vai ter natal ou ano novo na minha casa na casa de todo mundo que está sendo retirado também tenho certeza que não vai ser um bom natal e um bom ano novo. Isso ai a gente agradece ao senhor Eduardo Paes, graças a Deus que não deu nenhuma satisfação pra gente entendeu, deixou a gente a ver navio, não sei se ele sabe da nossa existência, sabia que tinha uma comunidade no entorno, mas procurou saber se tinha um comercio no entorno? Se tinham pessoas que trabalham e necessitam deste trabalho para levar o sustento para casa não sei se isso chegou ao ouvido do Senhor Eduardo Paes, entendeu eu fico muito triste, já não sei nem mais o que vou fazer da minha vida, vou ter de parar, pensar.

Realengo em Pauta: Não houve nenhum contato da prefeitura, pra garantir a inscrição de vocês num futuro espaço no Parque?

Morador: O único contato que eu tenho é uma notificação para saída imediata, nenhum pingo de respeito, nenhum tipo de consideração pelo povo que trabalha e tem seu comercio.

Realengo em Pauta: Obrigado por sua declaração.

Matéria em conjunto com o Blog Pró-Realengo e o Jornal Realengo em Pauta

CRIME AMBIENTAL CONTRA PALMEIRA CENTENÁRIA.

CRIME AMBIENTAL CONTRA PALMEIRA CENTENÁRIA.

É com muito pesar que comunicamos a morte desta Palmeira, que por muitos e muitos anos ornamentou a entrada da Fabrica de Cartuchos e resistiu bravamente ao abandono sem cuidados algum, somente com a própria natureza lhe dando sustendo… Mas a mão do homem teima em destruir o que Deus criou e cuida silenciosamente.

Antes  e Depois de sufocada por entulhos.

Antes e Depois de sufocada por entulhos.

Em menos de um ano como essas fotos retratam, o despejo de entulhos promovido pela empresa Foz Águas 5, que transfere para o local montanhas de entulho excedente que retira das ruas do bairro, onde vem implantando a rede de esgoto e põe na calçada da antiga Fabrica de Cartuchos, este procedimento sufocou a planta na raiz, causando sua morte.

E o que se vê agora é que somente uma vai resistindo bravamente aos maus-tratos promovidos pelo homem, infelizmente não se sabe até quando ela vai sobreviver.

Rua Pedro Gomes, onde ainda resistem a ação do homen.

Rua Pedro Gomes, onde ainda resistem a ação do homen.

Obs: Tanto na frente quanto nos fundos, duas dessas Palmeiras foram plantadas e segundo dizem historiadores, elas serviam como marco natural para o caminho da Família Imperial, e as do fundo seriam uma marcação de rota alternativa, para que a diligência desviassem de possíveis ataques sem perder o rumo.

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Entulhos sufocaram estas palmeiras Imperiais.

Obs: Este local atualmente é alvo de uma briga entre uma Fundação Habitacional (ligada ao Exército) leia-se POUPEX e o Movimento Popular “ O Realengo Que Queremos” ,que reivindica para o local a implantação de um parque Ecológico, já chamado de Parque Realengo Verde. Como esta briga já se encontra na justiça, roguemos aos céus que a decisão seja para o povo, que não tem opções de  lazer, nem local apropriado para caminhar, correr etc.

Local: Rua professor Carlos Wenceslau, em frente a Antiga Fabrica de Cartuchos. (atrás da igreja Nossa Senhora da Conceição)

‪#‎fozaguas5 ‪#‎parquederealengoverde   (obs: Parcialmente resolvido, pois não jogam mais entulhos nelas…mas ressuscitar impossível)

Luiz Fortes morador da rua do Imperador, lado Sul – Criador e administrador do blog Pró-Realengo

PARQUE VERDE: UM SONHO POSSÍVEL

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De um lado uma área de 142 mil metros quadrados e de outro uma população carente de opções de lazer. Na Rua Prof. Venceslau, um quarteirão inteiro baldio há mais de 40 anos, cravado no centro de Realengo, representa um novo sonho para os moradores do bairro. O movimento Realengo Que Queremos levanta a bandeira de ocupação desta área com o intuito de satisfazer a maior das necessidades desta população, com a criação do Parque Verde.

parque verde 05

Um primeiro lote do terreno já teve a ocupação que modificou o local. O movimento “Pró-escola Técnica de Realengo” lutou para que lá fosse construída uma unidade de escola técnica. Após uma luta de mais 21 anos, este movimento teve êxito e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a Lei 11.892, de 29 de Dezembro de 2008, criando o IFRJ.

O IFRJ ocupa uma área de 22 mil metros quadrados dos 142 mil metros quadrados e a luta desse novo movimento é para que o restante do terreno seja ocupado de acordo com a vontade dos moradores do bairro. O movimento partiu de uma pesquisa realizada pela Pastoral de Meio Ambiente da Paróquia Divino Espírito Santo, onde dentre as opções como saúde, segurança, educação e lazer, esta última acabou saindo vencedora, para a surpresa dos organizadores.

Integrantes da pastoral e antigos líderes locais então se organizaram no Movimento Realengo Que Queremos, para que este terreno baldio da antiga fábrica de cartuchos, desativado desde 1984 possa servir à população com equipamentos de lazer e cultura.

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A união do espaço e do anseio da população torna o sonho possível na visão de integrantes do movimento e a área poderá abrigar equipamentos de educação como a extensão do IFRJ com mais um curso, que é o de educação física. Além disto, também haveria na área um campus da UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) e o Instituto do Coração, cumprindo a finalidade do terreno que é de ser ocupados por unidades educacionais.

No parque também haveria diversos equipamentos de cultura como teatro, espaços culturais, oficinas de teatro, Museu da Fábrica, Nave do Conhecimento, biblioteca e conservatório de música. O projeto comtempla espaços de lazer como ciclovias, pistas de caminhada, pistas de skate, campos de futebol, parquinho, quiosques e até uma academia da terceira idade.

No projeto existe ainda a preocupação com os espaços verdes do terreno, que solicita manutenção da área verde, jardins, revegetação e projetos sustentáveis (compostagem).

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Os avanços do movimento “Realengo Que Queremos” passam pela conscientização da população de Realengo, para evitar que outras finalidades sejam dadas a área. O grupo tem como uma grande vitória a criação da lei nº 4840/2008 de 02/04/2008; esta lei dispõe sobre a utilização específica da Área 3, das instalações antiga Fábrica de Cartuchos do Exército, na AP. 5.1, Realengo, e dá outras providências. Ela é proveniente de um projeto de lei nº 1236/2007, de autoria do Senhor Vereador Rubens Andrade. Outra preocupação dos integrantes do movimento é garantir a preservação do verde evitando o derrubar de árvores, como aconteceu com a implantação do IFRJ. O grupo tem como uma das reivindicações a recuperação de um marco da antiga fábrica de cartucho que é a fonte de água que havia no terreno.

realengo que queremos